A morte deve ser vista como conselheira, não há razão para temê-la

O fenômeno da morte faz parte da vida do ser humano. Muitos evitam, por medo da morte, falar sobre o tema, contudo, ignorá-lo não fará com que deixe de existir.

Não há razão para temê-la, isso porque a morte deve ser vista como conselheira. O papel do conselheiro não é afugentar, mas advertir. O que a morte tem, portanto, a nos dizer?

Em primeiro lugar, adverte que o ser humano precisa aprender com cada faixa etária que passa na vida. O envelhecimento alerta sobre a necessidade de se voltar para dentro, olhar para si de modo reflexivo e autocrítico. A própria debilidade do corpo com o envelhecimento reforça o convite ao desapego da forma corporal e maior aprofundamento ao conteúdo inerente ao ser humano.

Diante da morte, torna-se claro para o homem quais devem ser as suas prioridades na vida. Conscientiza-se que o apego aos bens materiais não desperta a genuína felicidade, afinal, a riqueza material é perecível com o passar do tempo. Do contrário, sente-se movido a resgatar os valores que em si lhe são eternos.

Reconhece, portanto, que ser humano é ser valoroso. Faz parte da natureza humana o ato doador, dedicado ao bem estar do próximo. O sentido da vida contempla a aproximação do homem com a sua verdadeira natureza, realiza-se através da felicidade que concede ao seu semelhante.

A aproximação da morte evidencia que o ser humano pode perder os bens da matéria, entretanto, os bens do espírito adentram a eternidade. Aquilo que verdadeiramente importa é o seu estado de ser, o bem propagado durante toda a vida, o quanto se doou em torno de propósitos altruístas.

A morte é apenas a passagem para a nova realidade do espírito. Longe de se preocupar com a sua chegada, o ser humano precisa rever os seus hábitos na vida, certificando-se que estão alinhados com a obtenção de valores, a formação ética de conduta, o fortalecimento dos laços fraternos com os demais seres e o desejo sincero de contribuir para a evolução da humanidade.

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Saulo de Oliva

Médico, especializado em Psiquiatria. Psicólogo.

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