Estamos vivendo ou sobrevivendo?

“Passamos pela vida esbarrando uns nos outros, sempre no piloto automático, como formigas, não sendo solicitados a fazer nada de verdadeiramente humano. Pare. Siga. Ande aqui. Dirija ali. Ações voltadas apenas a sobrevivência. Toda comunicação servindo para manter ativa a colônia de formigas de um modo eficiente e civilizado. “O seu troco”, “Papel ou plástico?”, “Crédito ou débito?”, “Aceita ketchup?”. Não quero um canudo. Quero momentos humanos verdadeiros. Quero ver você. Quero que você me veja. Não quero abrir mão disso. Não quero ser uma formiga, entende?” (Trecho do filme ‘Waking Life)

Hoje ao deparar-me com um vídeo no youtube, logo pensei na necessidade de divulgá-lo para vocês. Ele é daquele tipo que dá um soco nas entranhas da vida. Faz com que você reflita e questione a forma como vivemos nossas vidas.

Confira:

https://www.youtube.com/watch?v=ipe6CMvW0Dg

Se você acabou de assistir o vídeo acima, provavelmente, está com aquela sensação de caos e indignação, mas não deixe que isso seja momentâneo, pegue um pouco disso que você acabou de assistir em uma tela e leve para a sua realidade.

Não espere pela mudança, seja ela.

Uma pessoa não muda o mundo sozinha, no entanto, se cada uma resolver fazer uma mudança em si e ao redor, isso tomará uma grande dimensão.

Não deixe de ajudar alguém só porque não pode ajudar o mundo inteiro. Não jogue lixo na rua só por acreditar que todo mundo faz. Siga outro caminho, crie o seu. Já dizia Bukowski em uma entrevista:

“Onde quer que a multidão vá, corra na outra direção. Eles estão sempre errados. Por séculos estiveram errados e sempre estarão errados.”

Levante da cadeira, vá viver a vida, procure por novas experiências.

“Fazer uma mudança radical em seu estilo de vida e começar a fazer as coisas com coragem que você pode nunca ter pensado em fazer, ou foi muito hesitante para tentar. Assim, muitas pessoas vivem dentro de circunstâncias infelizes e ainda não vai tomar a iniciativa de mudar sua situação porque está condicionada a uma vida de segurança, conformidade, e conservação, as quais podem aparecer para dar uma paz de espírito, mas na realidade nada é mais prejudicial para o espírito aventureiro dentro de um homem que um futuro seguro. O núcleo básico de espírito de um homem vivo é a sua paixão pela aventura. A alegria da vida vem de nossos encontros com novas experiências e, portanto, não há maior alegria do que ter um horizonte sem fim alterando, para cada dia para ter um sol novo e diferente. Se você deseja obter mais da vida, você deve perder a sua inclinação para a segurança monótona e adotar um estilo de atabalhoadamente de vida que a princípio parece que você seja louco. Mas uma vez que você se acostumar com uma vida que você vai ver o seu sentido pleno e sua beleza incrível.” (Trecho do livro ‘Na Natureza Selvagem’, de Jon Krakauer)

 


Isadora Tabordes

Fundadora dos sites Vida em Equilíbrio e Demasiado Humano. Graduada em Filosofia pela Universidade Federal de Pelotas. Atualmente é mestranda em Filosofia Moral e Política pela mesma universidade, trabalhando questões sobre o conceito de liberdade com ênfase no idealismo alemão.  Isadora também está presente no Youtube através do seu canal Relatos de Motocicleta.

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