Como afirma a canção Epic do Faith no More: You want it all but you can’t have it‘ (Você quer tudo, mas não pode ter). Todos os dias acordamos e vamos dormir buscando almejar nossas meta, alcançar a felicidade, vencer a nós mesmos, buscamos algo para lutar por, algo que no impulsiona a irmos em frente, além, sempre desejamos mais, porém buscamos o inalcançável, onde ao mesmo tempo é bom e ruim, é mágico e trágico, onde vemos a dualidade da vida, dualidade de algo que é extremamente atraente, mas que também pode ser doloroso ou prejudicial, seja dinheiro, profissão, amor, família, amizades, vícios, nós mesmos, mas o que seria isso que tantos buscamos ? pode ser qualquer coisa que alguém anseie profundamente, mas que permanece indefinível ou inalcançável.
Na era consumista vemos essa incógnita cada vez mais acentuada e realçada, compramos, consumimos, trabalhamos para gastarmos em produtos e serviços em boa parte desnecessários, e o corpo perfeito ?onde a busca pelo inalcançável nos empurram para cada vez mais irmos atrás dessa incógnita ou dessas incógnitas; A vida e a morte são exemplos de dualidade e ao mesmo tempo incógnitas, não sabemos ao certo o que estas são, só as experimentamos, cada um à sua maneira, tanto a religião e a ciência se encontram nesse ponto: não temos respostas.
Somos o que somos, podemos mudar , sim, mas continuaremos sendo nós mesmos, mesmo não sendo os mesmos,
a dúvida pulsante cercear-nos-á, talvez seja porque somos seres completos e não nos damos conta disso, e por sermos completos a dualidade das coisas se coexistem, a alegria e a tristeza, a certeza e a dúvida, o amor e o ódio, a mentira e a verdade, a loucura e a sensatez, faces de uma mesma moeda, não há como escapar.
Em suma, sigamos em frente ,em busca de algo e de algo inalcançável, pois sempre estaremos em busca de algo, talvez seja isso que mantém-nos vivos…