A paz é o estado natural que se encontra a nossa mente. Muitas vezes não a enxergamos como permanente nas nossas vidas e nos contentamos em restringi-la a certos momentos. Nos convencemos que existem momentos que estamos em paz, mas em outras situações parece que esta paz cria asas e voa para bem longe.
A origem do desassossego que nos perturba o espírito está nos nossos pensamentos. A máquina de pensar humana cria os sentimentos mais diversos que nos servem para o bem ou para o mal. Quando estamos imersos em sentimentos belos que elevam o nosso espírito, sentimos a paz na sua essência. Contudo, ao nos afastarmos dessa atmosfera positiva, abrimos espaço para a aproximação de preocupações que nos entristecem, mágoas que nos destroem e medos que nos paralisam.
Quando fugimos do que somos em essência, adoecemos o nosso espírito e nos sentimos verdadeiramente desvitalizados. A paz não está longe de nós, ela está no aqui e no agora. Nos auto-sabotamos quando vivemos presos a lembranças do passado ou presos a projetos que ainda não se concretizaram.
Pare um pouco e faça um exercício simples. Pense com o coração disposto e sincero na seguinte questão:
“Por onde voam os meus pensamentos? Estão aqui comigo ou se perderam na viagem?”
Olhe para os lados e perceba o que está ao seu redor. Não desvie os seus pensamentos para o passado ou para o futuro. Tudo o que agora existe está nesse momento. No momento que você respira e o seu coração bate a vida se manifesta, aproveite para escutar o seu ritmo interno e ouça o que ele tem a dizer.
Como você se sente?
A contemplação do aqui e agora nos desprende de amarras que nos causam sofrimento e nos dá a sabedoria que precisamos para a continuação do nosso caminhar. Precisamos estar inteiros para sentirmos o gosto de saber viver.
