QUAL É A IMPORTÂNCIA DO AMOR?

O que é o amor? Segundo uma pesquisa científica americana o amor é uma emoção involuntária, ou seja, não escolhemos quem amamos. Apenas amamos ou não amamos. Já segundo a última pesquisa realizada no Brasil sobre sexualidade a média de sexo feita pelos casais brasileiros acima de 30 anos corresponde a duas vezes por semana.

Pense comigo: amor é uma coisa e sexo é outra coisa completamente diferente. Amor é sentimento. Sexo é desejo. Algo que dura 15 minutos e se faz em média duas vezes por semana não pode ser a base do amor. Um relacionamento fundamentado em sexo simplesmente não se sustenta e está fadado a uma morte precoce e natural, pois é ilusão.

Recapitulando: sexo, duas vezes por semana, quinze minutos cada relação e o resto do tempo? A pesquisa revelou ainda que o desejo masculino é visual e o desejo feminino é afetivo. Então, eu acho que é hora de desmistificar o sexo para os camaradas no cio. Como diz o ditado “O desejo vem do corpo. O amor vem da alma.”. Eis a verdade.

Os homens podem até ser capazes de amar uma mulher por causa de sua beleza, mas as mulheres exigem mais. Segundo essa mesma pesquisa inteligência e dinheiro são mais valorizados pelas mulheres do que a beleza masculina. Até porque elas são auditivas e afetivas ao contrário dos homens que são visuais e sexuais em sua maioria, é claro.

Existe uma frase de uma escritora francesa, George Sand, que define essa ideia com perfeição. “O amor não é uma noite de sábado de sexo selvagem. O amor é segunda-feira, terça-feira, quarta-feira, quinta-feira, sexta-feira, sábado e domingo de convivência contínua.”. O amor deve “visar aos alvos imortais” como dizia Drummond.

Ou seja, sem envolvimento emocional, afeto genuíno e admiração intelectual não existe amor real. É absolutamente inviável iniciar uma relação nessas condições. É amador. Agora quando há os elementos supracitados, envolvimento emocional, afeto genuíno e admiração intelectual é claro que o amor pode florescer e ser sempre excitante e pleno.

Não me entendam mal. Sexo é sublime, mas é a cereja do bolo. O bolo é o amor. E o cotidiano é devastador. Um cotidiano sem amor verdadeiro é um teatro do terror. Assim, faz-se imperativo para uma relação de boa qualidade que haja encanto, um diálogo enriquecedor, afinidades intelectuais e morais e um projeto de vida em comum.

E lembre-se: sexo casual não se transforma em amor verdadeiro independente das conseqüências. Por isso antes de se entregar a tentação da atração verifique se a pessoa possui pré-requisitos mínimos para ser amada, ou seja, caráter, coração e conteúdo dignos de amor. Agora se você já cometeu um erro terrível a única solução é corrigi-lo.

O amor é infinitamente mais profundo e mais complexo do que o sexo. Podemos transar com qualquer um, mas amar, sentir o coração pulsando por alguém, querer cuidar dessa pessoa para sempre, fazê-la feliz, respeitá-la, priorizá-la, querer compartilhar com ela os melhores e os piores momentos da sua vida e constituir sua família… isso é AMOR.


Thiago Castilho

Advogado e escritor, um homem de leis e letras. Acredito que a arte pode “ensinar a viver”. Ensinar a viver significa ensinar a lutar pelos seus direitos e a amar melhor a si e a toda humanidade. Adquirir o conhecimento e transformá-lo em sabedoria de vida no palimpsesto do pensamento. Eis meu ideal intelectual que busca realizar a experiência do autoconhecimento, não sei até se do absoluto e talvez do Sublime aplacando assim minha angústia existencial, sem soteriologia, porque ao contrário de Heidegger não acho que somos seres-para-a-morte, mas seres-para-a-vida e seres-para-o-amor.

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