Pacientes que, mesmo sem necessidade, queiram realizar a cesariana, precisarão arcar com os custos do próprio bolso.
Também ficou estabelecidos que operadoras de seguro de saúde devem enviar, quando a paciente solicitar, informações sobre a quantidade de partos (naturais e cesáreas) realizados pelo médico, operadora e hospital. Dessa forma ela pode analisar com calma quais são as suas melhores opções. Operadoras que se recusarem a prestar essas contas podem pagar uma multa de R$25 mil.
Mas por que tanta gente opta pela cesariana? E quais as formas e os benefícios do parto normal? Recuperamos uma lista que pode ajudar:
CESÁREA
Como é feita: sempre no hospital e com anestesia, dos tipos ráqui ou peridural. É feita a partir de um corte de 8 a 10 cm no sentido transversal, na parte baixa do ventre, bem na borda dos pelos pubianos. O procedimento é conduzido por uma equipe multidisciplinar com cirurgião obstetra, auxiliar do cirurgião, anestesista, neonatologista, enfermeiras e auxiliares. Além disso, é preciso que o hospital ou a maternidade tenha equipamentos para suporte à vida em situações críticas, como respirador, medicamentos, UTI neonatal e adulto e banco de sangue
Por que é boa para o bebê: é menos traumática. Se a criança estiver sentada ou for muito grande, a cirurgia evita que ela fique presa na hora de sair do canal do parto. O mesmo ocorre se houver descolamento de placenta. A cesárea é indicada em casos em que a mãe tem alguma infecção viral, como HIV ou herpes genital
Por que é boa para a mãe: é melhor quando o bebê é muito grande, causando desproporção entre a cabeça e a pelve da mãe, por conta da dificuldade que haverá em sua expulsão ou se a mãe sofrer de diabetes ou hipertensão
Quando não é recomendada: quando não houver motivos clínicos, e a mãe e o bebê estiverem saudáveis
PARTO NORMAL
Como é feito: comum em hospitais e maternidades, com ou sem a aplicação de anestesia ou outras drogas, como as de indução.
Divide-se em:
O parto feito nessa posição é mais rápido e mais saudável para a criança
De lado: na cama, deitada sobre seu lado esquerdo, a mulher estende a perna esquerda e deixa a direita dobrada. No momento do nascimento do bebê, a mulher recebe ajuda para facilitar a abertura da perna. Nessa posição, não há pressão do útero sobre a veia cava. Isso evita a diminuição do recebimento de oxigênio pelo bebê
Na água: não é possível aplicar a anestesia, mesmo no hospital. A mulher fica em uma banheira, com água aquecida a 36 oC. O ambiente alivia as dores das contrações e o estresse, além de aumentar a irrigação sanguínea e relaxar a musculatura. Permite um nascimento mais suave e natural, porque o bebê continua envolto em água, como no útero da mãe. E ele não se afoga, já que ainda respira pelo cordão umbilical por pelo menos 20 segundos depois do parto
Parto natural ou humanizado: sem o uso de anestesia ou qualquer outra droga, é realizado em hospitais, casas de parto e até mesmo na casa da família. Parteiras ou doulas podem conduzir o procedimento. Galileu recomenda: sempre consulte seu médico
Por que é bom para o bebê: segue o processo natural. A criança nasce na hora certa, a não ser nos casos de prematuros. Outro beneficio é que o tórax do bebê é comprimido ao passar pelo canal de parto, o que faz com que ele expulse secreções das vias respiratórias, tornando-o mais adaptado a respirar, já que seu pulmão expande-se lentamente depois do parto
Por que é bom para a mãe: além do benefício psicológico, decorrente da satisfação em poder dar à luz naturalmente, a recuperação é mais rápida e são menores as chances de complicações, como sangramentos ou infecções, por exemplo
Quando não é indicado: quando a mãe ou o bebê apresentam problemas que recomendam a realização de um parto cirúrgico – se a mulher tiver hipertensão ou diabetes, por exemplo.