Quais são os comportamentos que definem o que realmente é um cavalheiro?
Pois bem, quando se fala em cavalheiro, nos vem à mente uma série de estereótipos. Alguns imaginam um cruzado empunhando sua espada em uma jornada de fé e abnegação. Outros, um homem sobre um imponente cavalo, com uma poderosa lança e com a face protegida por um elmo. Outros visualizam um lorde.
Mas afinal, o que é ser um cavalheiro?
Iniciei este comentário falando de Ordens de Cavalaria. Pois bem, os homens que tinham a honra de serem considerados Cavaleiros, independente da Escola que os considerava como tal, necessitavam demonstrar valores como gentileza, cortesia, civilidade e, acima de tudo, honra e fé. São, de fato, virtudes que devem ser trabalhadas no homem, independente do local onde esteja inserido ou do período em que esteja vivendo.
Nos dias modernos, vemos muitas vezes pessoas serem movidas pela ganância, dando demasiada importância a coisas efêmeras. A necessidade de subir faz com que alguns mais gananciosos e menos preparados (ou moralmente afetados) precisem destruir a imagem alheia, rebaixar quem está em seu caminho, para que consiga poder a qualquer custo.
Mas o que é o poder?
Somos portadores ou escravos dele?
Volto a frisar a virtude da honra.
Um cavalheiro, acima de tudo, sabe apreciar as coisas da vida. Ele tem sua própria identidade, tem seu estilo, tem na essência a bondade, a cortesia e a civilidade. Seu trabalho não é para si, é para o gênero humano. O Amor e o perdão são sua espada e escudo, respectivamente.
Tem bom gosto, pois ele sabe viver a vida, sabe honrar o que tem conquistado por seus próprios méritos, através de muito esforço.
Não alimenta o veneno.
Ele tem classe, tem persuasão, tem amor. Amar! Eis o sentimento que deve nortear a vida de um autêntico lorde. Amar sua profissão, sua família, sua vida, seu cotidiano, sua cultura, sua espiritualidade, enfim, o meio em que está inserido. Que estes nobre princípios possam nortear nossos sentimentos, palavras e atos.
Com essas virtudes, faremos um mundo melhor!
Diego Franzen
Jornalista e Escritor
Reside na cidade de Bento Gonçalves, RS
Autor de “Tempora Hostem” e de “Lendas Urbanas de Cruz Alta”