Nunca abandone o controle do espírito, mesmo nos momentos mais difíceis… Sobretudo nos momentos mais difíceis em que tendemos a tagarelice.
Não escancarar as portas de nossas vidas e mentes é sempre uma maneira de salvar nosso ‘eu’ interior.
Porque uma vez abertas, corremos o risco de sofrer uma invasão, minando nossas peculiaridades, nossa individualidade… É por isso que frequentemente devíamos nos afastar um pouco da socialização intensa, pois de longe, conseguímos refletir sobre aquilo de que de perto, não enxergamos.
Quando passamos muito tempo na convivência intensa com muitas pessoas, nos tornamos desatentos em relação a nós mesmos, nos distraímos do subjetivo, daquilo que temos de melhor.
A solidão, na medida certa, era riqueza para nosso espírito, entretanto, mesmo as mentes mais sagazes possuíam dificuldade em perceber a necessidade da justa medida.
Nem superestimar a vida social, nem desprezá-la. Nem fechar-se no próprio mundo solitário, nem abandoná-lo.
A ideia é que você seja capaz de encarar momentos solitários, sabendo apreciar a sua própria companhia, mas possuindo habilidades também para fazer companhia sem permitir que as linhas de pensamentos exteriores poluam as interiores, não ao menos, sem passar por um grande filtro de reflexão.
O problema era que frequentemente nos deixávamos levar pelo pensamento comum, perdendo, então, nosso potencial para o individual, que mesmo menos valorizado, é tão mais valoroso.
Se possuíssemos, de maneira geral, indivíduos mais ricos em si mesmos, por consequência, teríamos uma sociedade mais racional, mais criativa, plural e interessante.