Ao longo da vida, passamos por experiências e vivências que constituem a base do processo de construção das nossas verdades. Quando entramos em contato com o outro, também entramos em contato com as suas verdades que podem ser totalmente opostas às nossas. Aquilo que eu acredito pode ser motivo de descrença para o outro.
Esse é o primeiro passo para que nós entendamos que a verdade não é absoluta. A verdade é relativa, ou seja, ela pertence a cada indivíduo. Então, sabendo disso nos livramos de mágoas e rancores porque não esperamos tanto do outro. Compreendemos, portanto, que naquele momento é aquela a verdade que o outro carrega consigo e tem a nos oferecer. Nos esquecemos que não estamos aqui para atender as expectativas dos outros e os outros não estão aqui para atender às nossas expectativas.
A nossa mente ao se comportar de um modo maduro se assemelha a uma grande mãe. A grande mãe não separa as coisas, mas busca integrá-las. Não culpabiliza o outro pelo seu pensamento, contudo busca considerar o que ele tem a dizer. Não tem aquele olhar fixo perante as suas próprias verdades, mas procura olhar para os lados em busca de novas possibilidades.
E assim deve ser a vida. A vida é um eterno processo de tese em que construímos uma ideia para que, em seguida, passemos por um processo de antítese em que desconstruímos e acrescentamos uma nova ideia para que, finalmente, haja a união dos opostos e a formação de uma síntese. Logo após, haverá novamente o processo de desconstrução, de tal modo que entramos em um ciclo que a cada recomeço nos traz um novo aprendizado.
Sendo assim, valorize o encontro com o outro e com novas verdades. Encare o outro como uma forma de você crescer. A beleza está na diversidade e na conciliação dos opostos que sempre geram um processo de construção.