Você já viu mulheres colocando a hastag #meuamigosecreto? Ficou perdido, sem saber do que se trata?
A campanha é em prol da integridade feminina e está tomando uma grande dimensão, principalmente pela internet. Depois da hashtag #PrimeiroAssedio, que foi parar nos Trending Topics Brasil do Twitter, que foi criada depois de uma garota de 12 anos participante do programa culinário Masterchef Júnior ter passado por comentários com teor sexual feitos pelos internautas, uma nova campanha foi lançada no mês de novembro.
Essa ação do #PrimeiroAssédio foi criada pelo coletivo feminista Think Olga. A hashtag chegou a ser citada por mais de 2,5 mil vezes, de acordo com a central do Twitter.
E nessa última semana de novembro(especificamente no dia 25, quarta-feira), uma nova campanha surgiu e com a temática de uma brincadeira muito comum de fim de ano. A brincadeira do Amigo Secreto é muito praticada pelas pessoas por conta da confidencialidade e o fator do discurso de revelação para que os participantes adivinhem quem saiu com quem e troquem presentes.
Inspiradas no espírito da brincadeira, várias mulheres de muitos cantos do Brasil criaram a hashtag #meuamigosecreto para denunciar e tornarem públicas as situações que passam no cotidiano com pessoas com comportamentos machistas e com teor de preconceito da mais variadas formas.
Luciana Genro (PSOL), ex-candidata à presidência da República em 2014 e ex-deputada federal pelo Rio Grande do Sul, também participou da campanha:
A campanha vem em engajamento com o dia de luta mundial contra a violência contra as mulheres, além de reforçar a luta contra o projeto de lei que dificulta o acesso à pílula do dia seguinte em postos públicos.
As mensagens com a hashtag #MeuAmigoSecreto falam de pessoas que fazem agressões verbais ou físicas, além de comentários machistas sobre as mulheres nas mais diversas situações. O assunto é o mais bombado do dia e mais comentado nas redes sociais Twitter e Facebook.
A hashtag potencializou muitas denúncias sobre casos velados e cotidianos de machismo, além de preconceitos com pessoas negras e de mesma orientação sexual.