Mesmo sendo grandes os impactos que um acidente nuclear provoca ao redor da usina danificada, a natureza dá um jeito de prosperar. O mesmo fotógrafo polonês Arkadiusz Podniesinski, que viajou até a Ucrânia para documentar a realidade de Chernobyl, mais de duas décadas depois do acidente. Agora resolve dar a vez para Fukushima.
Em seu relato, ele dá detalhes sobre tudo que encontrou na zona de exclusão de Fukushima. A área afetada se estende por 20 quilômetros ao redor da usina: na chamada zona vermelha, onde a radiação é mais crítica, onde tudo foi abandonado às pressas e nem mesmo trabalhos de descontaminação podem ser conduzidos pelas autoridades japonesas.
As lentes de Podniesinski captaram muito bem os esforços para limpar a região de Fukushima. Sacos pretos são empilhados aos montes no local – eles já viraram praticamente um elemento da paisagem. Dentro desses sacos ficam confinadas as camadas mais externas do solo, que são as mais contaminadas. Mas não pense que isso basta: todas as superfícies expostas à radiação devem ser cuidadosamente higienizadas.
Abaixo você confere algumas fotos inéditas do ensaio que mostram o metódico trabalho de descontaminação, a natureza invadindo Fukushima e o ar de cidade fantasma que a região adquiriu.
Plantas engolem um carro abandonado na zona vermelha de exclusão
Essa moto também foi deixada para trás na mesma região
Sacos pretos com solo contaminado viraram elemento da paisagem em Fukushima
Operários têm de descontaminar cada centímetro das casas
Supermercado abandonado exibe espessas teias de aranha
“A energia nuclear é a energia de um futuro brilhante”, diz a placa
Via Revista Galileu