10 problemas que você tem, mas poderia evitar

Um homem ao ir ao médico, reclama que quando bate no seu joelho, dói. Então, pega um objeto e passa a bater em sua perna, demonstrando quando a dor aparecia. O médico, um pouco abismado, pergunta: “Não passou pela sua cabeça que se você parar de fazer isso, talvez pare de doer?” “Bem…”, o paciente pensou por um tempo e disse: “Mas qual o propósito de eu vir nessa consulta, então?”

Muitas vezes, tentamos resolver problemas que nem sequer existem, e que talvez nunca existam. Levantamos hipóteses, pensamos naquilo que poderia acontecer e procuramos soluções totalmente inúteis, enquanto surtamos.

Abaixo, listamos 10 problemas que, na verdade, não existem, mas a maioria das pessoas tem.

1. O que os outros podem pensar de mim?

“Enquanto você está preocupado com  o que os outros pensam de você,  você está possuído por eles.  Somente quando você não necessita de aprovação de fora de si mesmo você pode possuir a si mesmo.”

Neale Donald Walsch

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Não deixe de fazer algo pensando no que outros vão pensar, nem levante hipóteses de como as pessoas estão pensando sobre você, saber disso, está fora do seu controle, e você já tem muitas coisas que estão no seu controle, para perder tempo preocupando-se com o que não está.

Tenha uma boa imagem de si mesmo, busque melhorar por você.

2. Os outros irão me aceitar bem?

Se você agir de uma forma distante do seu normal, forçar quem você não é, provavelmente não.

Procure integrar-se em ambientes onde você se sinta bem, não em lugares onde as pessoas querem te mudar. Eventualmente, você encontrará amigos e locais para ir, nos quais não sentirá nem a necessidade de fingir ser outro alguém.

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3. As pessoas que estão do meu lado não são como achei que fossem

Bem, elas nunca serão, com a convivência você descobrirá coisas diferentes sobre elas, e isto não deve ser um problema, afinal, você também irá apresentar mudanças, isso é um processo natural.

No caso de uma mudança drástica e ruim, é mais maduro entender que as pessoas mudam quando elas nos veem como um exemplo de mudança sobre o que elas pensam e agem para, assim, agir e pensar diferente.

4. Eu não consigo entender por que essa pessoa fez aquilo

Você não vai entender, porque você não tem acesso ao profundo da mente de ninguém, não há como saber os motivos que o levaram a ter tal atitude, nem conhecer totalmente sua vida pessoal, suas crenças, seu jeito de ser e pensar.

Muitas vezes, nem a própria pessoa consegue entender.

5. Eu sou o tipo de pessoa que deveria ser?

 O processo de evolução humana ainda não terminou, e quanto mais ambicioso você for em relação a quem quer ser, maior vai ser discrepância entre o tipo de pessoa que você acha ser.

Quanto mais inteligente você é, mais sente que estupidez machuca, mas você só percebe isso, porque já alcançou um nível de sabedoria. Quanto mais você conhecer, maior será tua consciência de que no fundo, não sabemos nada, e isso irá ferir a alma por alguns momentos, até você perceber que conhecer a nossa pequenez, é subir um degrau do conhecimento.

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6. O mundo é ruim

“Não sei se o mundo um dia poderá ser salvo; seria preciso uma reviravolta tremenda e quase impossível. Mas se não podemos salvar o mundo, que ao menos possamos saber o que ele é, qual é o nosso lugar nele. Você pode encontrar milhares de salvadores do mundo. Quase tantos salvadores quanto mortos. E, infelizmente, a maioria dos salvadores do mundo também já está morta. Esqueceram, em algum lugar, de salvar a si mesmos” 

Charles Bukowski

Provavelmente, as próximas gerações não serão capazes de crer que uma vez o homem determinou seu valor baseando-se em bens materiais. A decomposição moral do mundo, muitas vezes motivada pela cultura ou religião, pelo ‘bem’ ou pelo ‘mal’, leva a visões extremistas e falta de aceitação de uma certa ordem ou curso das coisas, o que deveria ser natural na evolução de cada espécie em cada estágio de desenvolvimento. O que era bom no passado não necessariamente precisa ser bom agora, e o que é bom pra mim pode não ser bom pra você. A quantidade do que é bom é sempre proporcional à quantidade do que é ruim, e a vida é muito mais fácil se você basear menos sua vida em visões extremistas e mais em fatos.

7. Eu posso evitar problemas

Você não consegue porque os problemas, muitas vezes, são mais causados pelo seu cérebro do que pelo mundo exterior. Afinal, você não pode escapar de si mesmo. Não importa quão rico ou pobre você é, o número de problemas na sua vida será sempre proporcional ao número de benefícios, por isto, é muito mais importante o sentido que você dá à vida.

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8. Os outros me irritam

Não são os outros, mas a forma como você pensa que eles deveriam ser. Não são os outros os responsáveis por suas reações emocionais, porque é seu julgamento sobre as ações delas que vai gerar certas experiências emocionais.

9. Minha vida não corresponde às minhas expectativas

Desculpe, amigo. Mas reclamar não irá ajudar. Muitas vezes nos colocamos em situações de conformismo, e não direcionamos a nossa vida para outro caminho, mesmo querendo.

Culpar o governo, seus país ou seus amigos, é apenas uma forma de escape, no fundo, sua vida está em suas mãos.

“Duas coisas, sobretudo, impedem que o homem saiba ao certo o que deve fazer: uma é a vergonha, que cega a inteligência e arrefece a coragem; a outra é o medo, que, indicando o perigo, obriga a preferir a inércia a ação.”
Erasmo de Rotterdam

10. Por que isso só acontece comigo?

Se é da maneira Budista, tudo é determinado por quem você foi em vidas passadas, e isto é o Karma. Se é da forma católica? É o que Deus quis para você. De maneira intelectual? Porque isso é o efeito de uma certa causa. Lide com as coisas que você pode controlar e deixe o resto para o Buda/Deus/Karma/destino, se quiser.

A verdade é que muitas coisas estão, de fato, além do nosso controle, no entanto, temos tantas outras em nossas mãos, que perde o sentido focarmos só naquelas em que nada podemos fazer.

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Isadora Tabordes

Fundadora dos sites Vida em Equilíbrio e Demasiado Humano. Graduada em Filosofia pela Universidade Federal de Pelotas. Atualmente é mestranda em Filosofia Moral e Política pela mesma universidade, trabalhando questões sobre o conceito de liberdade com ênfase no idealismo alemão.  Isadora também está presente no Youtube através do seu canal Relatos de Motocicleta.

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