Estamos vivendo um momento delicado em relação ao coronavírus (COVID-19), com muitas instituições e países adotando medidas de quarentena para tentar conter a disseminação da doença.
Isso, por sua vez, pode gerar pânico e confusão, situação na qual muitas informações errôneas circulam.
Enquanto é cedo para sabermos tudo o que há para saber em relação ao COVID-19, este artigo reúne os melhores dados científicos sobre o vírus – as coisas que você realmente precisa saber para se proteger adequadamente.
10. O que é COVID-19?
COVID-19 é a sigla para “Coronavirus Disease 2019”, ou “Doença do Coronavírus de 2019”.
Ou seja, o COVID-19 é um coronavírus, um grupo de vírus que pode infectar mamíferos e aves. Nos seres humanos, pode causar infecções do trato respiratório, a maioria das quais pode ser tratada com medicação facilmente encontrada em farmácias.
A gripe comum também é resultado de um coronavírus. A maioria desses vírus não são letais, mas alguns podem ser. O COVID-19 também é chamado de “Síndrome Respiratória Aguda Grave Coronavírus 2” ou SARS-CoV-2, por ser “parente” da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS) de 2003.
O COVID-19 é, de maneira geral, mais perigoso que a gripe, mas menos do que o SARS e outros integrantes da família coronavírus.
9. Origem
O vírus apareceu pela primeira vez em Wuhan, na China. Infelizmente, os cientistas ainda não sabem de onde se originou, embora essa determinação possa auxiliar os virologistas a compreendê-lo melhor.
O COVID-19 é provavelmente um vírus zoonótico, o que significa que pode ser transmitido de animais para pessoas. Os cientistas estão atualmente procurando o animal que pode ser sido o primeiro portador da doença.
Uma vez que existem várias similaridades entre o coronavírus e duas cepas de Betacoronavirus que afetam morcegos (são 96% dos mesmos genes), uma hipótese é de que eles sejam relacionados. Logo, morcegos vendidos no Huanan Seafood Market, um mercado de animais exóticos chinês, podem ter sido a origem do vírus.
Outra pesquisa determinou que o COVID-19 compartilha 99% de sua informação genética com um vírus similar que infecta pangolins. Outra hipótese, então, é que estes animais sejam os primeiros portadores da doença.
Nenhuma dessas análises é definitiva, no entanto. Por enquanto, não há certeza sobre a origem do vírus.
8. Transmissão
Uma vez que o COVID-19 causa infecção respiratória, é através da respiração que se espalha mais facilmente.
Existem duas formas conhecidas pelas quais o vírus é transmitido: entre pessoas e através de contato com superfícies contaminadas.
No caso da transmissão entre pessoas, isso ocorre caso você fique a menos de dois metros de distância de um infectado. Você pode entrar em contato com gotículas respiratórias produzidas quando o paciente tosse ou espirra.
Caso você esteja doente, cobrir a boca ao tossir ou espirrar (com um lenço ou com o cotovelo, não com a mão) ajuda a diminuir a propagação da doença. Enquanto os infectados devem usar uma máscara facial para reduzir o risco de transmitir o vírus a outra pessoa, pessoas saudáveis não devem fazer isso.
A outra forma de propagação é através de uma superfície contaminada com o vírus. Digamos que uma pessoa espirre em uma bancada e você coloque a mão nela, e em seguida toque sua boca, nariz ou os olhos. Isso pode resultar em infecção. Logo, evitar tocar o rosto é uma forma de se proteger da doença.
7. Diagnóstico
Existem algumas formas de diagnosticar o vírus. Uma das melhores é realizar um teste que procura anticorpos da doença no seu corpo. Uma empresa de Cingapura pode ter aperfeiçoado um meio de realizar esse tipo de teste para encontrar o COVID-19.
No momento, porém, testes que procuram as informações genéticas do vírus na saliva, boca, nariz e ânus de uma pessoa são mais comuns.
Esses exames usam o método de reação em cadeia da polimerase (RCP), um processo que produz rapidamente bilhões de cópias de DNA para estudo. Embora possam detectar a presença de COVID-19, não podem identificar quem pegou a doença, mas já foi liberado.
6. Grupos de risco
Até onde os cientistas sabem, não existe imunidade ao COVID-19, o que significa que qualquer pessoa pode pegar o vírus.
Dito isto, como a maioria das infecções conhecidas, certas pessoas possuem maiores riscos de ter versões mais graves da doença do que outras. O grupo de risco inclui idosos, profissionais de saúde e pessoas com sistema imunológico comprometido.
Adultos saudáveis, quando são infectados, costumam ter sintomas moderados, comparáveis ao de uma gripe comum. Alguns inclusive não apresentam nenhum sintoma, tornando-se portadores da doença sem se dar conta. Foi assim que o COVID-19 se espalhou para o mundo todo.
5. Sintomas
Os sintomas mais comuns (e mais leves) do COVID-19 são febre, tosse e falta de ar, os mesmos que a maioria das pessoas sente quando pega um resfriado comum.
Para aqueles que estão em maior risco devido a um sistema imunológico comprometido ou outro dos critérios mencionados no item anterior, os sintomas podem ser mais graves, incluindo pneumonia, falência múltipla de órgãos e morte.
4. Taxa de mortalidade
Os cientistas estimam que a taxa de mortalidade do COVID-19 seja de 2,3%. Enquanto isso parece baixo (e, de fato, a maioria dos infectados não morre em decorrência da infecção), é uma taxa bem maior do que a da gripe, por exemplo, que causa a morte de apenas 0,1% dos infectados.
Na China, a maioria dos pacientes que faleceram eram idosos. O número de mortes aumenta para 8% em pessoas com 70 a 79 anos, e para 14,8% em pessoas com 80 anos ou mãos.
Já no caso de pacientes criticamente doentes quando entram em contato com o vírus, a probabilidade de morte pula para 49%.
3. Prevenção
Como o COVID-19 é um coronavírus, transmitido da mesma maneira que um resfriado comum, a melhor maneira de evitar a doença é lavar as mãos com sabão e água morna com frequência, não tocar o rosto depois de entrar em contato com qualquer coisa comumente usada, como maçanetas e descargas, bem como evitar aglomerações e viagens desnecessárias, para diminuir as chances de entrar em contato com pessoas doentes.
2. Teorias da conspiração
Vírus pouco compreendidos, como o COVID-19, acabam se tornando o material perfeito para teorias da conspiração as mais malucas possíveis.
A principal que anda circulando a internet é de que a China teria propagado o vírus de propósito para lucrar com uma pandemia.
Outro boato que surgiu foi de que alguém transformou uma forma do HIV em arma e a liberou para o mundo; tudo isso porque um estudo da Universidade de Nankai (China) descobriu que o COVID-19 podia usar os mesmos mecanismos que outros vírus, como o HIV.
A coisa mais importante a se fazer quando você ouvir alguma dessas histórias é: pergunte a si mesmo se elas fazem sentido, veja se são publicadas por fontes respeitáveis e adote uma abordagem de senso comum. Não entre em pânico ou fique alimentando boatos que sequer temos como saber, neste ponto, se são realmente verdade.
1. Eu acho que tenho coronavírus. E agora?
Primeiro de tudo, mantenha a calma.
Se você tiver febre juntamente com sintomas de doença respiratória, ligue para seu médico e peça conselhos. Os profissionais de saúde saberão que perguntas fazer para lhe ajudar a determinar se você tem um resfriado comum ou algo mais sério.
Se você teme ter entrado em contato com alguém infectado com COVID-19, precisa fazer o teste. Seja responsável e mantenha a boca e o nariz cobertos, e use máscara se for preciso. Isso impedirá que você transmita o vírus para outras pessoas.
O hospital mais próximo de você pode não ser o mais bem equipado para receber casos suspeitos de COVID-19. Ligue antes para obter informações sobre o melhor lugar para ir. [Listverse]
Recomendamos também a live do pesquisador Atila Lamarino, extremamente esclarecedora:
Via Hypescience