Apressado em ir devagar
(Milton Lavor)
Quando dei por mim, estava indo rápido
Perdendo os detalhes, deixando muito passar.
Então fui desacelerando e percebendo
A necessidade de ir devagar.
Estava envolvido com mundo,
Buscando achar um lugar.
Quisera o mergulho profundo
Que fora não vou encontrar.
E foi reduzindo o passo,
Mudando a forma do olhar.
Contemplando esse novo espaço
Sem pressa me fiz divagar.
Me perdi na vastidão do horizonte.
Explorando a intransponível escuridão.
Havia muito atrás da pálpebra.
E foi lá que encontrei minha razão.
Esse poema surgiu, enquanto eu assistia a esse vídeo do canal Antídoto.
O retorno em relação ao tempo investido é imenso.