Quantos de nós, algumas vezes, já nos fizemos essas clássicas perguntas sobre o significado da existência humana ? Quem sou eu ? De onde vim ? Para onde vou ? Qual a minha missão ? Ciência, religião e filosofia, cada uma a seu modo, vêm ao longo dos tempos, tentando obter respostas, por meio de teorias, experimentos e credos. Ainda hoje, teorias de longas datas vêm sendo comprovadas. A ciência avança testando, experimentando, fazendo descobertas e conseguindo resultados significativos. E a religião segue consolando corações aflitos e devotos. Mas apesar dos esforços, os mistérios continuam. A “Verdade Absoluta”, ainda nos é negada. Até mesmo, grandes sábios pensadores admitiam, humildemente, nada saber, diante dos grandes mistérios da vida, do Universo.
Não pedimos para nascer e da mesma forma, um dia, morreremos. Essa é a nossa única certeza: da morte.Para alguns biólogos evolucionistas, os seres vivos teriam apenas o objetivo de sobreviver e se reproduzir. Será mesmo ? Onde ficariam então, nossos sentimentos, nossas emoções ? O que nos torna humanos, senão, essa capacidade de sentir ? Não somos máquinas, robôs programados para agir dessa ou daquela maneira. Somos imprevisíveis, e fazemos parte de um todo. Essas incertezas nos permitem a continuação da busca. Contudo, há de se ter cuidado. Ao buscar respostas no passado, ou no futuro, poderemos deixar de viver o “aqui e agora”. O passado, por melhor que tenha sido, não mais poderemos desfrutá-lo de igual forma. O futuro é incerto. Nos resta, portanto, o presente. Sim, é aqui, onde as coisas acontecem, no presente, e ele não nos espera, ele passa rápido e vira pretérito. O que então, nos proporcionaria felicidade ? O que, de fato, nos daria sentido na vida ?
Para alguns, a felicidade estaria em acumular bens, fortunas. Não creio. Bens desse tipo vão com o tempo sofrendo depreciações e logo, logo se acabariam…E, aí, novamente, nossa mente dos desejos se manifestaria querendo mais e mais e mais…É cilada ! É claro, que conquistar um certo conforto não faz mal a ninguém. Mas não é só isso. Olhemos um pouco para dentro de nós e tentemos descobrir o que, de fato, nos falta. Decerto que nos dias corridos de hoje, nem todos, têm o privilégio de poder parar de vez em quando e apreciar o quanto a vida tem de belo para nos oferecer. A vida, por si só, já nos oferece tanto. Tudo funciona tão perfeitamente bem, tanto no micro quanto no macro. Tudo se encaixa como numa engrenagem. O nosso corpo, por exemplo, é um templo sagrado onde cada célula desempenha sua função, mesmo quando dormimos, tudo continua a funcionar com perfeição. Ou quando ficamos doentes, todo um “exército” se organiza para atacar os invasores do mal. Diante de tantas incertezas, por que não usarmos de nossos aguçados sentidos para sentir a vida como um presente divino ?
Dá sentido à vida, aquele que tenha conseguido uma perfeita integração com a Natureza. Aquele que sonha e realiza. Aquele que se emociona ao ouvir uma bela canção. Aquele que pratica o bem, e que sabe ser grato. Sente a vida aquele que ama, que se apaixona. Aquele que volta sua atenção para as coisas simples e belas. Aquele que conseguiu preencher o vazio do coração com sentimentos de bem querer, pureza e boas intenções. Queremos todos a imortalidade. A do corpo físico, infelizmente, ainda não a temos. A da “alma”, quem sabe a encontremos nas boas lembranças de quem um dia, tenha verdadeiramente, nos amado. Aí, sim, terá valido a pena a vida. São momentos vividos com pessoas queridas que nos tornam eternos. Se eu tivesse que mudar alguma coisa em minha vida, começaria por mudar a mim mesma…Não me cobraria tanto pelos erros, ouviria mais atentamente os pedidos do meu coração, enfrentaria meus medos e seguiria com determinação minha intuição.
Elenice Bastos.
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