Os símbolos fazem parte da linguagem humana — verbal e não verbal — e estão por toda parte: no dinheiro, nas joias, nas correspondências. Estamos rodeados por diversos sinais no nosso cotidiano, mas nem sempre sabemos os significados originais de muitos deles, que podem, às vezes, ser o exato oposto do que imaginamos.
1. Flor de lis (lírio)
O lírio era considerado o símbolo dos reis franceses, mas o seu sentido original é um pouco diferente. Ele era usado em rituais religiosos e nas artes como sinal de transparência e pureza espiritual. Essa flor, muitas vezes, era retratada como um atributo da Virgem Maria. Na heráldica, ciência de descrever brasões de armas ou escudos, representava a Trindade.
O lírio heráldico foi descoberto na Mesopotâmia e tem uma longa história. Curiosamente, também no romance francês O Corcunda de Notre-Dame, de Victor Hugo, uma das personagens se chamava de Fleur-de-Lys (Flor-de-lis em português, que é simbolicamente identificada ao lírio).
2. Cruz Ansata
Também chamada de “Ankh”. A história dessa cruz teve início no Antigo Egito e representava imortalidade, sabedoria e proteção. Hoje, é mais conhecida como um elemento da subcultura gótica, que teve início nos anos 80 no Reino Unido.
3. Libra
O símbolo é representado pela letra “L” e significa “equilíbrio, balança” em latim. Na Roma Antiga, a libra era usada como medida de peso em várias regiões da Europa. Em inglês, a moeda é chamada de “pound” — termo também usado como unidade de massa. A partir desse nome foram criadas diversas unidades monetárias, incluindo a lira italiana e a libra francesa, que esteve em circulação até 1795.
4. Âncora
A âncora é característica dos marinheiros e está presente em muitas bandeiras e brasões de instituições associadas com o mar. Os cristãos mais primitivos a usavam como representação da cruz religiosa, tanto que no Antigo Testamento há uma passagem que faz alusão a esse símbolo.
5. Om
O mantra mais importante do hinduísmo é também encontrado em diversos filmes, músicas e decorações. No hinduísmo, o “Om” faz referência à tríade divina — representando criação, apoio e, ao mesmo tempo, destruição. É também mantra de força física e mental e reflete o som da eternidade, muitas vezes usado na meditação. Por vezes o “Om” é associado à divindade Ganesha.
6. Til
Além de ser um sinal diacrítico em português, o til também é usado para enfatizar a inexatidão de alguma informação. Quando queremos mencionar, por exemplo, um tempo de espera aproximado. Originalmente, no entanto, essa linha ondulada era usada em escritas cursivas de alguns idiomas no século XIV para indicar a omissão de uma ou mais letras, geralmente o “m” e o “n”.
7. Mjölnir
Este símbolo escandinavo corresponde ao martelo do deus Thor e, hoje em dia, é usado em volta do pescoço como proteção contra má sorte. Antigamente, nos países nórdicos o mjölnir também era utilizado no pescoço, mas com um propósito diferente: para que recém-casados tivessem muitos filhos. Por isso, aparecia bastante em casamentos e poderia ser colocado embaixo da cama dos pombinhos após a cerimônia.
8. O símbolo do couro legítimo
Este emblema é encontrado em muitas peças de couro para indicar a legitimidade do material, mas poucos sabem o significado da imagem. Na verdade, ela apenas busca representar a pele do animal, a partir da qual foi feito tal sapato, roupa ou acessório.
9. Asterisco
Por trás dos asteriscos no texto escondem-se palavras ocultas. As primeiras menções sobre o símbolo são encontradas ainda na pintura rupestre. Um pouco mais tarde, o filólogo grego Aristarco da Samotrácia usou esse sinal para corrigir as poesias de Homero: assim ele indicava a repetição dos versos. Da mesma forma, o filósofo Orígenes de Alexandria o utilizava para indicar versos incompletos. Durante a Idade Média, o asterisco passou a ter uma finalidade mais conhecida por nós: apontava que havia comentários ou observações em um determinado texto.
10. Máscara do anonimato
Esta máscara é o rosto do soldado inglês Guy Fawkes. Após o filme V de Vingança, muitas pessoas passaram a vê-la como um sinal de protesto e luta pela igualdade. Se mergulharmos um pouco mais na história, contudo, veremos que Guy Fawkes não foi assim tão heroico como hoje é representado.
Primeiro, ele não lutava — de forma alguma — pela justiça ou igualdade. Seus planos incluíam derrubar o monarca vigente e levar ao poder outro para estabelecer, assim, o domínio da igreja católica. Além disso, após ser preso, Fawkes conspirou e traiu seus companheiros, o que fez com que todos fossem executados.
Fonte: Incrível