Muitos alimentos ditos saudáveis ligaram sua imagem ao esporte e à boa forma. Nem todos eles, no entanto, realmente colaboram com os meros mortais. Sua fama foi originada por atletas de alta performance, cujo consumo calórico e de gordura, por exemplo, estão bem acima do cidadão comum.
Há um consenso entre pesquisadores da nutrição esportiva de que o ideal é manter uma alimentação balanceada. Um estudo publicado na “Revista Brasileira de Nutrição Esportiva”, por exemplo, menciona “a busca por um corpo esteticamente perfeito e a falta de uma cultura corporal saudável”.
Nesse balaio, nem precisamos citar os suplementos alimentares e polivitamínicos. Quem nunca comeu uma barrinha de cereais e produtos sem glúten ou sem lactose para matar a gula e ficar com a consciência tranquila, provavelmente conhece alguém que já fez isso.
Conheça cinco desses “lobos em pele de cordeiro” e fuja das ciladas:
Sem glúten
Nem todas as pessoas da Terra são portadoras de doença celíaca, mas a oferta e o consumo de produtos sem glúten aumentaram de uns anos pra cá. Como esse composto é encontrado no trigo e no centeio, entre outros, limitar ou banir o consumo desses alimentos que normalmente estão acompanhados de amido pode parecer dar o efeito milagroso que é esperado.
Alimentos sem esse “novo inimigo público”, porém, podem ser tanto ou mais calóricos do que as suas contrapartes com glúten, como pães e bolos. Fora que, para dar sabor ao alimento, outros ingredientes podem ser adicionados à receita.
Barrinhas de cereais
Ah, os cereais! É de conhecimento público que eles são ótimas fontes de vitaminas, proteínas, fibras e gordura do bem. Uma barrinha sintetizaria tudo isso, não é?
Não. Boa parte dessas barrinhas são ultraprocessadas e artificiais, levando ao seu corpo mais sódio, açúcar e gordura do que você imagina. Para ter certeza de que esse petisco é realmente saudável, faça em casa.
Frutas desidratadas
Irmã mais velha da barra de cereais, a fruta seca pode ser deliciosa e uma bomba calórica ao mesmo tempo. Não é para bani-la da vida, mas consumi-la com atenção.
Como as frutas in natura possuem um açúcar natural chamada frutose, ao desidratá-la a substância se concentra, dobrando ou até triplicando a quantidade de calorias, além de comprometer nutrientes e fibras que estavam na fruta original.
Zero lactose
Tal como dietas que restringem o glúten fizeram ascender outros alimentos para substituição, produtos com zero lactose se multiplicaram nas prateleiras dos supermercados nos últimos anos.
Mesmo para quem não precisa seguir restrição alimentar, a diversidade é bem-vinda. A lactose é comum no leite e em seus derivados, que também são fonte de cálcio, mineral fundamental para ossos e dentes.
Ao excluir ou diminuir a lactose da alimentação, é necessário a ingestão de alimentos ricos em cálcio, como tofu, amêndoa e gergelim. Além disso, a ausência de lactose não significa a falta de outros açúcares ou gorduras – fique de olho nas calorias.
Açaí
Esse produto brasileiro, principalmente os cremes e os sorvetes, ficou mundialmente conhecido devido aos lutadores de MMA. Esses atletas passam por treinamentos rigorosos que exigem muitas calorias diárias.
O fruto tem aminoácidos, antioxidantes, minerais e é fonte de vitaminas A, E, D, K, B1, B2 e C. Ao natural, esse “partidão” da vida saudável tem 60 kcal a cada 100 gramas, menos do que uma banana. Quando ele é processado, com xarope de guaraná, as calorias podem triplicar.
Depois de processado, existem os acompanhamentos, como mel, paçoquinha, leite condensado, banana, granola, frutas secas… aí, fica muito difícil de conseguir calcular as calorias.
Fonte: Catraca Livre