É sinal de prudência e equilíbrio saber a hora de parar e respeitar a inegável transitoriedade de nossas existências, bem como entender que nem todos que chegam, chegam para ficar e que mesmo que não permaneçam, isso não desvaloriza os momentos que partilhamos.
Temos a falsa ideia de que apenas as coisas que duram toda a vida deram certo, sem perceber que a vida é constituída por momentos e que cada momento traz o aprendizado que precisamos obter, afinal a vida não é apenas regozijo, é também desafios, e, um dos maiores desses é aceitar que não temos nada, absolutamente nada; as coisas estão conosco, mas não nos pertencem.
Nesse sentido, quando apegados a uma imaginação boa do passado insistimos em bater em uma tecla já quebrada, que já muito não envia um feedback positivo, a culpa passa a ser sua, não mais da pessoa que está “decepcionando”, haja vista que ela não o faria se você não permitisse. É preciso que abandonemos a posição de vitimismo, o mesmo que conduz ao imobilismo e possamos nos tornar responsáveis pela nossa carga emocional, frequentemente sem norte. É preciso tomar consciência de que às vezes nos escondemos no erro do outro, para escapar dos nossos.
E, talvez…
Doa menos largar o que já não é, para caminhar para um horizonte imerso em possibilidades que é a vida.
Autoria: Isadora Tabordes