Um estudo da Universidade Norueguesa de Ciências da Vida (Noruega) e da Universidade Estadual do Arizona (EUA) sugeriu que o vinho tinto possui um composto chamado resveratrol que pode ajudar as pessoas a comerem menos do que comeriam.
A pesquisa foi realizada com abelhas. Esses insetos normalmente se abundam em açúcar quando ele é amplamente disponível, embora isso não seja necessariamente uma coisa boa.
Os pesquisadores deram a algumas das abelhas resveratrol, o composto encontrado no vinho tinto. Enquanto as que não receberam a droga se debruçaram normalmente sobre os alimentos açucarados, as que tinham sido alimentadas com resveratrol pararam de comer depois que já haviam consumido o suficiente para satisfazer suas necessidades energéticas.
Essas abelhas também se desinteressaram rapidamente em soluções de açúcar diluído, o que indica que elas haviam se tornado menos sensíveis ao alimento – ou seja, sua vontade de consumi-lo havia diminuído.
“Surpreendentemente, as abelhas que receberam resveratrol reduziram a sua ingestão de alimentos. Elas foram autorizadas a comer o quanto quisessem, mas não o fizeram”, explicou Brenda Rascón, que participou do estudo. “É possível que o resveratrol trabalhe por algum mecanismo relacionado com a restrição calórica, que é um tipo de regime dietético há muito conhecido por estender o tempo de vida de diversos organismos”, completa.
Estudos anteriores já haviam indicado que o resveratrol podia combater a obesidade ao imitar os efeitos de uma dieta com baixo teor de gordura, além de ajudar a prevenir o aparecimento de doenças relacionadas com a idade.
Aliás, esse é um dos potenciais benefícios mais estudados do vinho tinto: suas supostas propriedades de longevidade, por combater problemas cardíacos. Porém, algumas pesquisas sugerem que para ver os benefícios do resveratrol é preciso consumir grandes quantidades dele, ou seja, muito mais do que é encontrado em uma garrafa de vinho. [Telegraph]
Via Hypescience