É sinal de prudência distanciar-se do fogo quando ele começa queimar, mais do que aquecer. Entretanto, a dificuldade mora no fato de que nos é custoso perceber o momento de transição daquilo que faz bem para o que não faz. A dificuldade, como sabemos, mora no desafio de encontrar o ponto de equilíbrio entre todas as coisas, mais que isso, no fato de sabermos que tal ponto não é fixo, mas mutável, como todas as coisas naturais.
Nesse sentido, o desafio é o de mantermos nossas mentes conscientes da importância de buscarmos esse equilíbrio das situações, uma vez que se fizermos, dificilmente nos distanciaremos da razoabilidade.
É evidente, inegável que tal razoabilidade não é garantida em abundância, uma vez que estamos lidando com a razão e com as emoções ao mesmo tempo.
Frequentemente temos nossas mentes cegadas por inclinações provenientes do nosso lado emocional aguçado, fazendo com que esqueçamos de nós mesmos imersos em um número de graus fahrenheit infinitamente superior ao que nossa razão concederia. Diante disso, encontramos o cerne da dificuldade de encontrarmos o tão apreciado equilíbrio, uma vez a partir de nossas vontades, queremos tudo e queremos agora. A vontade humana não é moderada, bem como não pode ser absolutamente saudável sem a presença de nossa capacidade de alcançar clareza mental, talvez nem mesmo assim poderia ser absolutamente sã, mas o ponto é que possamos nos aproximar de visões mais saudáveis da vida, independentemente do ponto que queremos alcançar.
E pensando nisso, tocamos na transitoriedade e na brevidade da vida, haja vista que tudo o que temos é o agora, se encontrarmos o equilíbrio nesse momento, já encontramos muito, e nos preocuparemos em encontrá-lo novamente amanhã também, se assim for.