Fazer joguinhos durante a paquera não leva a nada: segundo um estudo realizado por cientistas israelenses, se fazer de difícil só reduz o interesse da pessoa que você busca conhecer melhor.
Publicada no periódico científico Computers in Human Behavior, a pesquisa foi conduzida pelo professor de psicologia Gurit Birnbaum, do instituto IDC Herzliya em Israel, que realizou uma série de experimentos para entender melhor qual é a relação entre a incerteza e a atração.
Na principal experiência, Birnbaum e sua equipe testaram 51 mulheres e 50 homens com idades entre 19 e 31 anos. Todos eram solteiros e foram incentivados a trocar mensagens em um chat com outro participante que estaria em outra sala. Eles foram avisados ainda de que suas fotos seriam mostradas a essa outra pessoa e então recebiam uma imagem de uma pessoa do sexo oposto.
Acontece que o participante do outro lado da tela era, na verdade, um dos pesquisadores e, as imagens mostradas, as mesmas para todos os envolvidos no estudo. No fim da conversa, os candidatos tinham a chance de mandar uma última mensagem — alguns eram avisados de que seu par estava aguardando o recado, outros de que não estava.
Por último, os candidatos tiveram que dar uma nota para mostrar o quanto desejavam a outra pessoa após a interação que tiveram e o quanto queriam conversar novamente. A partir das reações dos participantes, os cientistas observaram o quanto a incerteza influenciava no desejo.
Segundo os pesquisadores, as pessoas que sabiam que seus paqueras queriam conversar mais lhe deram notas maiores do que os que receberam incerteza. O desejo, então, vem da confirmação, e não da dúvida, mesmo que o senso comum diga o contrário. “Esconder o desejo pode ser um mecanismo para se proteger do investimento em uma relação no qual o futuro é incerto”, afirmou Birnbaum em anúncio. Mas já diria o ditado: “quem não arrisca não petisca”.