O Dia dos Namorados é marcado por troca de presentes, jantares românticos, surpresas, mas o que importa de verdade é aproveitar a companhia do seu amor. Infelizmente não será assim para o casal de advogados Marina Peyneau e Luan Tesch.
No dia 12 de junho, eles estão separados por continentes. Para amenizar a saudade e a distância, ela encontrou um jeito inusitado de mantê-los perto: Marina comprou uma estrela e batizou com o nome do namorado. “Estaremos juntos em qualquer lugar do mundo”.
História de amor de Marina e Luan
O amor e a união de Marina e Luan são marcados por encontros e desencontros. Tudo começou no escritório de advocacia em que eles trabalhavam. Junto com almoços, cafés e conversas durante o expediente, veio a aproximação.
O primeiro beijo foi durante uma festa. Mas por causa do emprego não levaram a relação adiante. “Nosso chefe não gostava de relacionamentos entre funcionários. Então tomei nossa relação como proibida”, contou Marina.
A amizade e o carinho, no entanto, só cresceram. A essa altura já compartilhavam mais do que almoços, dividiam sonhos. O dela era ter o próprio escritório, o dele, fazer um curso de dois anos na Austrália.
O pedido de demissão de Marina e o segundo beijo dos dois aconteceu no mesmo dia. “A gente foi em um aniversário de um colega de trabalho e eu não aguentei. Dei um beijo nele. A gente estava esperando muito por esse momento”, desabafou a advogada.
Agora, eles não tinham mais o trabalho para atrapalhar o relacionamento, mas teriam que lidar com a distância durante o intercâmbio de Luan.
Viagem vai separar o casal
O namoro foi inevitável e o amor que Luan já sentia por Marina fez com que ele adiasse duas vezes a data da viagem. De setembro de 2017 para março de 2018 e, depois, para 12 de junho, o Dia dos Namorados.
Durante esse tempo juntos, eles decidiram que viveriam experiências intensas e inéditas até o dia do embarque. Fizeram rapel, andaram de quadriciclo, escalaram picos, viajaram…
Ao mesmo tempo em que Marina estava feliz, era consumida pela agonia da incerteza depois da partida de Luan. “Cheguei a terminar depois de ouvir meus familiares e amigos falando que não daria certo e que dois anos é muita coisa. Mas o término durou menos de uma semana”, contou.
Presente lindo vai unir o casal
Com a aproximação do aniversário e da viagem de Luan, Marina quis dar um presente inusitado, que ajudasse a diminuir a distância entre eles quando estivessem longe.
Em uma das viagens que fizeram para Caparaó – região serrana do Espírito Santo – Luan ficou encantado com o céu. “Ele ficou tão deslumbrado com as estrelas, que decidi comprar uma e batizar com o nome dele”.
Depois de pesquisar bastante, ela encontrou um site brasileiro que emitia o certificado em 48 horas. Animada, procurou minuciosamente a Constelação mais aparente durante o ano todo para se certificar que o namorado conseguisse vê-la sempre.
“Escolhi uma estrela na Constelação de Orion próxima às Três Marias para ficar mais fácil de localizar”.
A entrega do presente foi especial: “Uma certeza você vai ter: quando você estiver lá e eu cá, vamos olhar para ela e estaremos juntos”, falou Marina ao “dar” a estrela para Luan.
Luan ficou ainda mais emocionado depois que leu a dedicatória de Marina. “Ser parte do meu universo não basta. Então te tornei parte do universo inteiro”.
Outra fase de desencontro vai começar na vida deles. Mas o reencontro não vai demorar muito, já que Marina fechou um intercâmbio com duração de três meses na Austrália. Ela embarca em outubro e fica até janeiro ao lado de Luan.
Existem várias empresas que fazem a “venda de estrelas”. Basta entrar no site escolhido, procurar as constelações e as estrelas disponíveis, escolher uma, pagar (cada site tem um valor) e indicar o nome da pessoa.
Depois de 48 horas você recebe um certificado digital com o batismo da estrela, uma Carta Celeste com o mapa de localização da estrela e um número de identificação para localizar a estrela onde você estiver.
Esses sites não possuem nenhum vínculo com órgãos de astronomia – como a Nasa, por exemplo – que são os responsáveis pelos nomes oficias das estrelas. Os registros emitidos por eles valem mais como uma lembrança afetuosa e ficam gravados em seus bancos de dados.
Fonte: BOW