Muitas vezes, em meio à correria de nossas vidas, acabamos não dando o valor devido às coisas que possuímos em nossas vidas, ou, em outros casos focamos muito naquilo que nos falta e desprezamos o que temos. Para refletirmos a respeito dessa problemática, trouxemos uma lição schopenhaueriana, na qual o autor trata exatamente disso:
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“Precisamos de tentar chegar ao ponto de ver o que possuímos exatamente com os mesmos olhos com que veríamos tal posse se ela nos fosse arrancada. Quer se trate de uma propriedade, de saúde, de amigos, de amantes, de esposa e de filhos, em geral percebemos o seu valor apenas depois da perda.
Se chegarmos a isso, em primeiro lugar a posse irá trazer-nos imediatamente mais felicidade; em segundo lugar, tentaremos de todas as maneiras evitar a perda, não expondo a nossa propriedade a nenhum perigo, não irritando os amigos, não pondo à prova a fidelidade das esposas, cuidando da saúde das crianças etc.
Ao olharmos para tudo o que não possuímos, costumamos pensar: ‘Como seria se fosse meu?’, e dessa maneira tornamo-nos conscientes da privação. Em vez disso, diante do que possuímos, deveríamos pensar frequentemente: ‘Como seria se eu o perdesse?’
Arthur Schopenhauer, in ‘A Arte de Ser Feliz’