Inconformismo para uma vida melhor!

   Eu tenho o hábito de delimitar padrões de qualidade muito altos em qualquer atividade que eu decida me envolver. Tenho o que se chama de síndrome do inconformismo. É uma baita qualidade que me impulsiona constantemente, mas que também tem seu potencial negativo. Eu sei, parece aqueles “defeitos” de entrevista de emprego do tipo “sou perfeccionista demais” ou “me importo demais com o bem estar dos outros”. Mas prometo que esse artigo não vai ser uma alusão à falsa modéstia.

   O que nos impulsiona a mudar é a inconformidade. É aquela sensação de que não estamos felizes nem satisfeitos com algo que nos dá o gás inicial para impulsionar o processo de mudança. Aqueles que alcançaram grandes feitos, como atualmente Elon Musk, são na realidade grandes inconformados. Ele mesmo diz que quer simplesmente poder pensar no futuro e não se sentir triste. Ou seja, o padrão dele é altíssimo exatamente porque ele não se conforma com quase nada. Se ele acreditasse que fosse aceitável permanecer usando fontes de energia fóssil como combustível, não revolucionaria o mercado automobilístico através dos carros elétricos. Também não teria construído sua Giga Factory, a fábrica de produção de energia sustentável. É incrível perceber que todas as invenções, tudo que usamos hoje, internet, Uber, computador e o carro surgiram graças à inconformidade de alguém.

Conformar-se x aceitar

   O conformismo não evolui. É legal se dar conta que a conformidade significar aceitar as coisas como estão, quando não nos sentimos bem em relação a elas. Mas existe uma gritante e enorme diferença de conformidade para aceitação. Quando é algo que não temos condições de transformar, usando o pragmático estoicismo, aceitar é a única ação a tomar. Qualquer outra medida é contra produtiva. Acredito que nossa maior dificuldade aqui é com os acontecimentos do passado. Eu sei que às vezes ainda tenho dificuldades em não me martirizar, pensando em mil maneiras que poderia ter feito diferente. Não ser um inconformado com o passado é uma decisão consciente que devemos tomar, pois com certeza vai evitar muito sofrimento desnecessário.

   Agora com aquelas situações que temos o poder e vontade de transformar, aceitar não deve ser, de maneira geral, uma opção. Visto que isso é, por definição, conformismo. Porque para esses casos, estamos aceitando algo com o qual não concordamos. É resignação, passividade. É não tomar as rédeas da própria vida. O pior é que quando agimos assim, o valor que damos para nós mesmos despenca. Nem a gente acredita que é capaz, logo, conformamo-nos. De que jeito os outros vão acreditar no nosso potencial se nós mesmos duvidamos?

Cuidado com o ego

   Essa é a realidade. Ser um conformado não vai melhorar a situação. Vai piorá-la. É bom ser um inconformado. Devemos sentir orgulho de ter esse sentimento. Mas cuidado com o falso inconformismo. Reclamar e reclamar sem tomar uma atitude não mostra que você é um inconformado. Isso é conformismo disfarçado que não ajuda ninguém a não ser uma inflação do ego. Não catalisemos nossa inconformidade para mais negatividade. Disso o mundo (facebook, coff coff!) já está cheio. Vamos fazer o contrário, transformar negatividade (insatisfação, infelicidade, inconformidade) em ação para criar algo positivo.

Gabriel
Vida de Titã
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Gabriel - Vida de Titã

Apaixonado pela vida e pelo desenvolvimento pessoal. Meu projeto é o canal no youtube Vida de Titã. Também escrevo artigos semanais para o blog da empresa de inteligência masculina SuperBoss.

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