Muitas vezes a imagem que criamos de nós mesmos não condiz com a realidade. Comumente distorcemos quem somos e nos apegamos a uma imagem que acreditamos ser a verdade sobre cada um de nós.
Estamos acostumados a andar, lado a lado, com as nossas ações e não percebemos que, por vezes, é necessário sair de nós mesmos para melhor enxergá-las. O desafio que enfrentamos é o de discernir quais são os momentos da nossa vida que precisamos sair do refúgio interior que nos abriga e quais são os momentos que devemos mergulhar na profundidade do nosso ser.
Podemos pensar a nossa vida como um grande espetáculo, dividida em momentos para atuarmos no palco e em momentos para assistirmos a peça como plateia.
Na posição de plateia funcionamos como o público que ao avaliar uma apresentação verá se a peça exposta é coerente com o tema proposto, se o figurino se ajusta ao cenário ou, até mesmo, se a sonoplastia se harmoniza com o ambiente teatral que foi criado.
Ao adotarmos um olhar crítico sobre as nossas ações com o objetivo de questioná-las, damos o primeiro passo no caminho do autoconhecimento – caminho este fundamental para que encontremos as chaves necessárias para promover mudanças que sejam úteis na estrada da nossa vida.
Na posição que ocupamos no palco passamos a atuar como atores do gracioso espetáculo da nossa vida. Não estamos mais assistindo a peça, pois desta vez participamos ativamente da mesma. Assim como na vida, no palco vivenciamos as mais diferentes emoções. Entristecemo-nos, mas também resgatamos o mais sincero dos sorrisos.
Estamos familiarizados com o palco, mas é bem verdade que no começo dá aquele friozinho na barriga, antes mesmo de percorrê-lo. Entretanto, quando o percorremos ele é nosso! Enquanto estamos lá, convencemo-nos que o espetáculo vale a pena ser encenado.
Assim, devemos procurar o melhor de quem podemos ser, abandonando o papel de coadjuvantes e assumindo o papel de atores no magnífico espetáculo da nossa vida!