A afirmativa é pesada, mas também verídica, pois mimar uma criança é sinal de insegurança.
Amar não é fazer tudo, comprar tudo, estar sempre a serviço. Amar é saber dizer NÃO. Você ama alguém quando define os seus limites e passa gradualmente eles para as pessoas ao redor.
Quando alguém fala ‘não’ duas vezes, já sabemos que essa é a linha que não poderemos ultrapassar e com as crianças é mais ou menos por aí.
Quando um “mini-adulto” não conhece a frustração dos nãos, as tristezas das vezes que não ganhou o que queria, você está preparando ele para a vida, para os empregos que ele poderá fracassar, para os namoros que não darão certo e, principalmente, para as ocasiões que nenhum ser humano pode controlar, as perdas familiares e íntimas.
A vida é uma sucessão de altos e baixos que devemos aprender a lidar. A questão é que se você não compreender isso, qualquer dor parecerá o fim do mundo.
Não mime uma criança com a desculpa de que você não está presente ou que ela lhe cobra isso. Faça-a entender, que não estar presente é natural e corriqueiro.
Não faça favores para elas, dialogue.
Parece difícil e muitas vezes anti-humano, mas é apenas até se tornar um hábito.
Não eduque as crianças para serem infelizes, eduquem-na para saber o valor da presença e a importância do tempo. Dessa forma além de direcionar as crianças para atitudes resilientes, conseguirá o que muitos sofrem enormes dificuldades, conquistar o respeito de um ser que poderá se tornar um exemplo de SER HUMANO.
Porque convenhamos, respeito é à base de qualquer bom caráter.
De Gabriel Zorgetz Capeletti para Vida em Equilíbrio.