Não foi uma história clássica de amor. Na verdade, ainda estamos tentando descobrir o que é isso que estremece nosso peito e faz com que a presença acalente qualquer desavença exterior.
Não foi um filme romântico que esbarrei em você e então me vi apaixonado, tão pouco, uma troca de olhares no final da balada, tarde da noite. Afinal, nem somos frequentadores desse estilo de vida.
Não foi nada que sonhei ou idealizei como primeiras palavras ou trocas de pensamento e por isso que cada dia que passa gosto mais de você.
Nossa singularidade espanta, maltrata e encanta.
Nosso relacionamento é abstrato, mas levado a sério, é chama que arde sem queimar, um mistério.
Estamos a criar uma relação sem igual, que gosto de chamar de beleza intelectual.
Quem não está disposto a tentar não irá sentir a emoção de viver, coisas desse patamar são para os muito poucos que escolheram estar no limite do sofrer.
Somos dois únicos que vivem marginalmente, pois a cada linha tênue vivenciada, conhecemos ainda mais de nós, um pouco mais da gente.
Nos chamarão de loucos, inadequados, nos colocarão rótulos e clichês clássicos, mas nunca sentirão a essência de nós, o simples, o básico.
Coisas dessa magnitude não para explicar, tentaram Sócrates, Platão, mas ninguém ainda conseguiu definir o sublime amar.
Eu e você história a escrever, você e eu, futuro a se envolver.
Nada foi como planejado e isso nos transforma, nos transmuta, nos acrescenta, nos absoluta.
Somos o que consideram corriqueiro diante a vida, diante seus olhos estamos em um relação super desenvolvida.
Nada pode ser sensacional se não encontra a simplicidade no irracional.
Gabriel Zorgetz Capeletti para Vida em Equilíbrio