Valorize-se. Quando ficar cega pelas sensações da paixão, tome cuidado. Jantar a luz de velas, o presente mais caro, o restaurante mais chique ou o vinho importado não é para todos. É preciso entender que o rapaz que você encontrou no meio da balada não deve ser tratado como rei assim logo de cara.
Não abra sua casa, muito menos seu coração.
Você é única, mantenha-se assim, por mais necessitada ou carente que se possa estar.
Espere algum tempo para firmar seu relacionamento e só dê o seu melhor se ele for merecedor.
Muitas são costumeiras e se apaixonam tão fácil quanto respiram, pelas primeiras qualidades, pelos primeiros sorrisos. Use a razão e então proteja-se antes de entregar seu coração logo de cara. Nada de se submeter para ter suas carências tratadas, pois por mais que um homem, aparentemente, fale que goste de você contornando ele, logo o entusiasmo se vai e a única coisa que fica é o verdadeiro significado da relação, nesse caso, NADA.
Você perde amigos, tempo e perde ele também. Continue a sua vida, não mude todos os seus planos e nem perca a noite com as amigas por causa dele. Você tinha uma vida antes e agora continua tendo.
Se ele o trair, não se rebaixe, a culpa não é sua, mas dele que não possui caráter e da sem vergonha que deixou-se possuir. Por isso é importante ter paciência e tentar controlar as sensações que se tem no peito logo nos primeiros meses.
Ninguém morre por não ter ninguém, ninguém morre de saudade.
Paremos também de fazer joguinhos, hoje, mais do que nunca, não sabemos se estão desinteressados ou apenas estão se fazendo de difícil para valorizar a própria presença. Um pouquinho de transparência e honestidade não faz mal a ninguém. Beijar no final do encontro, transar depois das primeiras semanas, responder o whatsapp depois de 30 minutos, são imaturidades criadas por uma cultura que já não sabe distinguir o amor do desejo.
Já não se sabe se estamos nos transformando em inacessíveis criteriosos ou morremos de medo de nos entregar puramente.
Tudo que é falso, além de broxante, tem a intenção apenas de impressionar. Seja você mesma e se isso não for suficiente, quer dizer que ele não é suficiente.
Use um pouco mais da razão, não seja só emoção, homens manipulam mulheres burras, não seja uma delas. Analise como esse homem vive, como cuida da casa, da mãe, das contas. Se é dedicado, esforçado, aberto, está tudo na sua mão, só basta olhar para o lugar certo, do ângulo correto. Defina suas exigências e não abra mão disso por um corpo sarado ou uma carteira recheada.
O amor próprio vale muito mais que tudo isso. Constantemente veem-se mulheres que não são lindas e nem tem nada incomum, na realidade são bem comuns e, mesmos assim, acabam se relacionando com os “melhores” homens, porque isso acontece?
Ela tem independência emocional, quem vive por conta, viaja, estuda e se vira sem a presença de um homem para apoiar-se, homem se atrai por confiança, por metas além de sair final de semana, tomar um porre, pegar o mais bonitinho, o saradão ou DAR sem responsabilidade, para contar vantagem depois. Sinto muito, mas a verdade é que quem conta vantagem são as outras que não se relacionam apenas por um status social ou prazer.
As mulheres buscam a igualdade há anos. Isso é ser igual? Estamos sendo hipócritas se acreditarmos nisso. Nada disso é atraente para uma relação de fato. Tem coisa mais nojenta que esses estereótipos de mulher perfeita, boa esposa, dona de casa? Queremos alguém que seja única, simples assim.
Você não precisa saber todas as posições sexuais existentes e nem se pendurar de cabeça para baixo no box do chuveiro. Satisfazer um homem é fácil demais, invista um tempo a mais para dar-lhe atenção – se ele merecer – conversem sobre suas fantasias, sobre seus sonhos e tentem achar um meio de alcançá-los, JUNTOS.
Quanto vale a sua relação?
Ele, depois desse tempo considerado que permaneceu com você, talvez mereça o jantar a luz de velas, a lingerie de renda e a fantasia sexual realizada. Seja inteligente.
Perca essa mania de pré julgar, pois quando pensamos em puta, pensamos imediatamente em promiscuidade ou a comercialização do corpo, mas tem muita puta por aí mais digna e honesta que certas mulheres tidas como “damas da sociedade”, mas que já se venderam mais que tudo e por muito pouco.
Vamos balançar os puritanos, as feministas e os críticos de plantão.
Gabriel Zorgetz Capeletti para Vida em Equilíbrio
