8 situações em que você deve manter a sua boca fechada

Sabemos que em algumas circunstâncias é extremamente difícil manter a boca fechada e engolir todas as coisas que gostaríamos de dizer, mas às vezes é necessário, pois na maior parte das situações, não faz sentido se permitir responder impulsivamente, afinal é importante esperar um tempo para refletir e decidir se queremos dizer todas as coisas que pensamos com a cabeça quente.
Abaixo, você confere oito situações em que seria muito melhor não responder (pelo menos não imediatamente) à provocações, apesar da tentação de fazê-lo.
Eu aconselho você a não responder à outra pessoa se …

1. Isso for ofender alguém

Há coisas que é melhor deixar para lá, principalmente se elas não proporcionarem qualquer possibilidade realista de resolver a situação ou melhorar a relação. Quando você se importa com a pessoa, não há nenhuma boa razão para correr o risco de perdê-la e machucá-la só para ser sincero com o que você está pensando no momento. Algumas pessoas, entendem e levam de forma mais tranquila as coisas que escutam em uma discussão, mas outras ainda que amáveis, leais e solidárias, são fáceis de se ofender e altamente reativas à crítica. A rigidez destas pessoas faz com que seja quase impossível para elas apreciar um ponto de vista diferente. Então, acaba sendo uma tolice desnecessária dizer algo que só provocará sofrimento e acentuará as diferenças entre vocês.
Se esses indivíduos costumam dizer ou fazer coisas que lhe incomodam constantemente, provavelmente será melhor para você tentar esquecer e, internamente, encontrar uma forma de resolver suas frustrações imediatas com eles ao invés de confrontá-los diretamente.

2. Se for ferir sentimentos

Se você gosta de agir discretamente e de forma carinhosa, certamente não pensa em fazer um comentário gratuito sobre, o “cabelo feio” da outra pessoa, por exemplo. Ainda que ela solicite o seu feedback sobre a sua aparência, é sempre bom ter um pouco de cautela para minimizar o impacto de suas palavras. No caso do cabelo, você pode focar mais em dar dicas de como ela pode fazer para melhorar, do que criticar como o cabelo está parecendo. Se você conhece a pessoa e sabe que ela tem uma auto-imagem forte, você provavelmente vai ter mais liberdade para responder com franqueza, mas a princípio será importante refletir sobre como a sua resposta pode afetá-la. A mesma regra se aplica se alguém disser algo ingênuo, mal informado, contraditório, etc. Será que vai valer a pena magoar a pessoa e seu relacionamento com ela para simplesmente pronunciar as primeiras palavras que vêm à sua mente, sem antes considerar o impacto negativo que a sua resposta pode ter?
Em resumo, o conselho pode parecer óbvio: “É melhor não dizer nada, se você não pensou direito e ficou sem nada de bom a dizer”. Porém, a relutância em falar para evitar ferir os sentimentos do outro não é uma questão de reprimir a sua expressão – algo que, em geral, não recomendável. É sobre não ofender alguém desnecessariamente, imprudentemente, ou duramente, somente porque agiu de uma maneira que, no momento, fez você se sentir desconfortável.

3. Se faria você parecer na defensiva, mente fechada, ou mesmo mal-humorado

Quando alguém está lhe oferecendo uma crítica construtiva, pode ser de extrema importância colocar o seu ego de lado e, conscientemente, avaliar a legitimidade do ponto de vista apresentado. Nesses casos, é claro que é bem melhor ficar em silêncio, ouvir com atenção, e só depois, então, dar uma resposta (se tiver). Se por acaso, você não conseguir controlar o impulso imediato de se defender, poderá perder uma oportunidade valiosa de aprender algo importante sobre si mesmo.

4. Se serviria apenas aumentar ainda mais a raiva da pessoa

Em uma discussão, a raiva é um sentimento comum, então, quando alguém estiver com muita raiva para ouvir de forma racional o que você tem a dizer, saiba que será inútil responder a ela. Qualquer resposta que você pode dar será prematura e só servirá para piorar a situação, afinal é muito possível que ela seja interpretada como uma interrupção, como se você não estivesse ouvindo realmente. Nestes casos, se ainda houver alguma esperança de resolver a situação, é de extrema importância dedicar toda a sua atenção para ouvir a pessoa, dando-lhe todas as chances para expor suas queixas, porque depois disso, é bem possível que ela fique mais aberta para ouvir o seu ponto de vista.
Além disso, é também importante evitar qualquer reação defensiva que possa aumentar a animosidade da pessoa. No momento em que você perceber que a pessoa está claramente exagerando, o melhor a fazer é estar presente e consciente, olhá-la diretamente e atender à tranquilidade. Dessa maneira, você poderá otimizar a chance de que, sentindo-se ouvida por você, ela eventualmente se acalme. Então, e somente então, será possível que você manifeste a sua perspectiva.
Em um confronto desta natureza, você precisará manter a calma e o foco, procurando entender que a pessoa está com a cabeça quente, afinal ela pode fazer acusações que poderão parecer injustas e abusivas para você. A tranquilidade vai ajudar você a ler entre as linhas e ter uma melhor noção de como ela pôde, no fundo, ter sido ferida por tudo o que você fez ou disse.

5. Se só for intensificar a sua própria raiva

Seguir o impulso de atacar um pessoa que te chateou, nunca é uma boa ideia, afinal isso irá piorar as coisas. Emoções – não apenas a raiva, mas a depressão e a ansiedade – devem ser guardadas em níveis moderados. Quando elas começam a se tornar pronunciadas, o seu julgamento pode ser seriamente comprometido e você pode reagir de maneiras que farão você se arrepender mais tarde. Nestas situações, não tem jeito, o melhor mesmo é fechar a boca e evitar seguir cegamente o impulso de retaliar contra a pessoa que o provocou.

6. Se só vai dignificar – ou dar crédito para – algum indivíduo rancoroso que degrada você

Todos nós sabemos que responder alguém que só quer provocar é um tiro no pé, no entanto, na hora não conseguímos pensar de forma adequada. Quando, por hostilidade ou malícia, outra pessoa atacar o que você disse ou escreveu, responder ao seu veneno verbal pode dar a suas palavras uma autoridade que não merecem. A expressão familiar: “Eu não vou dignificar isso com uma resposta”, se aplica aqui. Na maioria dos casos, você não está de modo algum obrigado a responder a críticas não construtivas. Se alguém atacar gratuitamente a sua pessoa, não tem sentido tentar se defender ou zombar ela de volta. A melhor maneira de resolver a questão é através do silêncio, isso o deixa muito menos suscetível a novas investidas.

7. Se suas palavras poderiam te levar a se envolver com alguém cujo objetivo é iludir você

No momento em que uma pessoa tentar fisga-lo para um duelo verbal invencível, é provavelmente porque isso proporciona para ela uma gratificação perversa. Se você entrar nesse ringue é praticamente garantido que você tome um nocaute, ou seja, ir para o nível dela já é uma derrota. Como Mark Twain disse: “Nunca discuta com pessoas estúpidas. Elas vão arrastá-lo para o seu nível e, em seguida, bater-lhe com a experiência”. Se por acaso, você já entrou na briga, e agora está sendo empurrado para uma segunda rodada, seja sábio para conseguir cortar suas perdas e sair do jogo, entendendo que a pessoa está apenas incitando você a participar de um exercício contínuo de futilidade.

8. Se poderia reforçar um comportamento que precisa mudar

Um bom exemplo dessa situação é facilmente visto no comportamento infantil. Quando as crianças têm um acesso de raiva, significa que esta é a sua forma de atrair atenção (mesmo que negativa) ou manipularem uma situação para obter o que querem. Com raras exceções, o ideal é não reagir a esse tipo de comportamento indisciplinado. A melhor maneira de sair dessas situações, taticamente, é ignorar, afinal uma resposta ativa pode inadvertidamente reforçar o impulso. As crianças, em geral, precisam aprender a lidar com as frustrações inevitáveis da vida. Se a atuação do seu filho, tira você da cadeira para ir solucionar os seus problemas, então você está, na verdade, ensinando-os a agir dessa forma.

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