Sobre as dores do mundo

Às vezes, em momentos de total clareza do funcionamento da vida, percebo todas as falhas e dores do mundo e mal posso suportá-las.

Você pode subir no topo de uma montanha e procurar analisar o que acontece com o mundo, mas provavelmente também não conseguirá entender tamanha dor. Você caminha na beira de um rio, mas sabe que a água que ainda parece tão azul, já não possui a mesma pureza, afinal, já foi contaminada pela ganância e corrupção.

Nas ruas das cidades, crianças pedem por alimentos, o básico da existência humana. Você procura ajudar, mas sente que nunca irá bastar.

Uma pessoa deitada no chão com fome e frio, tornou-se algo corriqueiro, a maioria está cega para o mundo ao redor. Nos tornamos uma sociedade individualista e superficial, damos muita importância para as “falhas”, orientações, ideologias e estilos de outras pessoas, mas fugimos das coisas que poderiam tornar nosso ambiente um lugar melhor.

Tivemos que aprender lidar com a dor do mundo para suportá-la, mas acabamos por esquecê-la. Às vezes, parece que todos perderam o brilho e a doçura no olhar, dando a impressão de que tudo que resta é lamentar, mas é nisso que não podemos acreditar.


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(Imagem retirada da série “Sons of Anarchy”)


Isadora Tabordes

Fundadora dos sites Vida em Equilíbrio e Demasiado Humano. Graduada em Filosofia pela Universidade Federal de Pelotas. Atualmente é mestranda em Filosofia Moral e Política pela mesma universidade, trabalhando questões sobre o conceito de liberdade com ênfase no idealismo alemão.  Isadora também está presente no Youtube através do seu canal Relatos de Motocicleta.

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