O estresse que seus personagens preferidos sentem pode ser contagioso

Passamos tanto tempo assistindo uma série, que ficamos íntimos dos seus personagens, sofremos com eles, nos emocionamos com os mesmos. Um novo estudo, realizado por cientistas da Alemanha, dos Estados Unidos e de Israel, que foi recentemente divulgado na publicação acadêmica Psychoneuroendocrinology, procurou ir mais a fundo e entender essa empatia que sentimos.

A ideia é confirmar se, de fato, nos sentimos estressados, quando um personagem que gostamos está em uma situação estressante.

Os cientistas sugerem que o estresse pode ser contagioso, ou seja, seu humor pode ser alterado só de ver pessoas passando por situações complicadas, ainda que seja por meio de uma tela.

O experimento separou as pessoas em duplas. Alguns pares não se conheciam até o dia da experiência, enquanto outros eram formados por casais envolvidos romanticamente. Um membro de cada dupla foi submetido ao Teste de Estresse Social de Trier, no qual o indivíduo tem que responder diversas questões complexas de aritmética em frente a várias pessoas, simulando uma entrevista de emprego. O outro integrante da dupla observava o desempenho de seu parceiro ao vivo ou por meio de um vídeo.

“Como a televisão é onipresente nos dia hoje, nós estávamos particularmente interessados se a relação com o estresse pode ser forte o suficiente para causar uma resposta do outro lado da tela”, contou Veronika Engert, uma das autoras do estudo.

Os cientistas mediram a quantidade de cortisol, hormônio do estresse, na saliva dos participantes para analisar o nervosismo deles durante o teste. Cerca de 5% das pessoas tiveram um aumento em seus níveis de cortisol. Já outras 26% experienciaram o tal do estresse empático, de fato.

Como era já era possível esperar, o número foi bem maior entre as duplas que estavam envolvidas romanticamente:  40% dos casais sentiram empatia vendo a sua dupla passar por dificuldades, enquanto que somente 10% dos observadores que não se conheciam sentiram o mesmo.

De acordo o pesquisador Franziska Plessow, que ajudou a conduzir o estudo, essa discrepância acontece porque para as pessoas que se conhecem muito bem, é mais fácil perceber sinais de nervosismo ou estresse. “Leva tempo e experiência para entendermos as emoções das pessoas que acabamos de conhecer”, explica.

A conclusão dos pesquisadores foi que é necessário ter cuidado, afinal, quando uma pessoa tenta esconder o quanto está estressada, já pode estar passando essa sensação para familiares e colegas de trabalho.

Ah, e claro, é bem legal desenvolver uma relação com aqueles personagens amados de suas séries favoritas, mas vamos com calma é preciso estabelecer limites: não vamos sofrer à toa. 


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