Você está de interessado em alguém ou completamente apaixonado? Então, certamente você já deve ter percebido algumas mudanças que acontecem no seu corpo no momento em que a pessoa de que você gosta está por perto: coração acelerado, um frio na barriga e outras sensações que são principalmente sentidas naquela primeira fase da relação ou do flerte, enquanto o casal está começando se conhecer.
Segundo a antropóloga Helen Fisher, da Universidade Rutgers, nos Estados Unidos, o corpo humano é como uma máquina em busca de atração, sendo que não é necessário mais que um segundo para podermos decidir intuitivamente se alguém é fisicamente atraente ou não. Entretanto, após uma análise mais profunda, podemos mudar o nosso pensamento e constatar que encontramos o que estávamos buscando há algum tempo ou constar que é o oposto do que procuramos.
Porém, há algo a mais nessas situações. Existem sinais físicos de atração que nossos corpos nos remetem, fazendo a nossa atenção ser desviada para tal pessoa, que se torna o nosso objetivo. Quando esses mecanismos fisiológicos nos acertam, é sinal de que uma forte atração ou paixão pode está em nosso caminho. Confira abaixo quais são esses mecanismos:
1 – Coração acelerado
É assustador e inevitável, mas quando aquela pessoa especial aparece, o coração bate mais forte e o ritmo se acelera. A relação do ritmo do coração com a atração é tão potente que alguns estudos mostraram que a frequência cardíaca de alguém pode aumentar mesmo em testes realizados com desconhecidos, mas que são bonitos e atraentes.
Na verdade, essa façanha não é responsabilidade somente do coração, mas também do nosso cérebro. Durante o estágio inicial do amor romântico (a terminologia científica para a fase de “lua de mel”), o cérebro libera noradrenalina (ou norepinefrina) sempre que estamos perto de um interesse amoroso para nos levar à ação.
Esse neurotransmissor estimula a nossa tomada de decisão, possivelmente para conversar com a pessoa. Enquanto isso, nossos corações viciados em adrenalina bombeiam mais rapidamente o sangue do que o habitual, a fim de nos levar ao nosso objetivo afetivo.
2 – Mãos suadas
Esse mecanismo do nosso corpo é um tanto incômodo para os apaixonados, principalmente se isso acontece no momento em que alguém é apresentado a uma pessoa atraente e precisa cumprimentá-la.
As palmas das mãos suadas são parte de uma resposta fisiológica clássica para a atração e os momentos de nervosismo frente à pessoa amada e desejada. As mesmas substâncias que estimulam o nosso ritmo cardíaco também atingem as nossas glândulas sudoríparas.
Estimulantes conhecidos como monoamina, dopamina, noradrenalina e serotonina, se combinam para produzir os sentimentos de excitação e as mãos úmidas.
A noradrenalina, é a principal culpada por causar a “suadeira”, ainda que as nossas mãos tenham milhares de minúsculas glândulas sudoríparas que trabalham intensamente nesses momentos.
3 – Tom de voz
Alguns estudos haviam demonstrado que as mulheres preferem homens com vozes mais graves, pois os consideram como mais atraentes, másculos e com maiores qualidades de reprodução.
Para aqueles que não têm a voz tão grossa assim, felizmente, um estudo australiano desmascarou esse conceito, afirmando que os homens que possuem um tom vocal mais grave estão em desvantagem na qualidade do sêmen em relação aos outros.
Já com as mulheres, o momento de sedução não reduz as vozes delas para notas mais graves, pois elas tendem a “aumentá-las” ou deixá-las mais finas quando estão em companhia da pessoa desejada.
4 – Pupilas dilatadas
Vários estudos têm demonstrado que as pupilas dos olhos têm um papel ativo na sinalização da atração. Isso acontece quando elas detectam um rosto atraente, fazendo o nosso cérebro liberar a dopamina, o que desencadeia a dilatação da pupila pela estimulação de terminações nervosas nos olhos.
5– O “espelhamento” das ações
Quando as coisas estão indo bem e as pessoas interagem em harmonia em um namoro ou flerte, o espelhamento de linguagem corporal pode acontecer inconscientemente. É algo natural e até automático que os apaixonados fazem mesmo sem perceber.
Um exemplo dessa “magia da paixão” é quando a mulher passa a mão no cabelo e o homem faz o mesmo, ou então quando ele vai pegar um cardápio na mesa do restaurante e ela faz isso na mesma hora.
Mesmo sem se dar conta, esses gestos sutis acabam servindo para atiçar os egos românticos uns dos outros, aumentando ainda a atratividade sexual. Um estudo de 2009 sobre o mimetismo em um namoro revelou que os homens deram avaliações mais favoráveis às mulheres que rapidamente se espelharam em seus padrões verbais e não verbais.
Se essa troca de linguagem corporal desperta uma relação de longa duração, os homens e as mulheres tendem a começar a agir de maneira semelhante à medida que envelhecem juntos também. Segundo um estudo de 2006, os casais que ficam juntos por muito tempo — bem depois daquele “frenesi” do início de namoro — começam até ficar fisicamente parecidos em alguns aspectos. E aí, você já conheceu um casal assim? [How Stuff Works]