O cérebro é realmente incrível e misterioso. A última agora é a imagem de um gato supostamente descendo (ou subindo) uma escada. Uns veem de um jeito. Outros de outro. A discussão já começou. E você, acha que o gato está subindo ou descendo? A resposta está logo abaixo!
RESPOSTA
O gato está descendo a escada e a pessoa que tirou a suposta fotografia estaria no andar de baixo. Como chegamos a essa conclusão? Não é tão difícil. Repare que cada degrau tem uma “irregularidade”, como se fosse um pequeno degrau antes de decair. Caso o felino estivesse subindo as escadas, o plano normal de cada degrau apresentaria essa irregularidade, o que ficaria no mínimo estranho, do ponto de vista da funcionalidade de uma construção.
Uma escada na posição habitual deve conter a superfície de piso sem grandes irregularidades. Se o gato estivesse subindo as escadas, isso não aconteceria.
Por que o cérebro vê de duas maneiras?
De forma insciente, nosso cérebro avalia toda a paisagem para detectar sinais que o possam auxiliar em sua análise final. No entanto, neste caso, alguns desses sinais podem ser interpretados de formas diferentes, por pessoas distintas, ou mesmo de forma ambígua, pela mesma pessoa, em momentos distintos. Se você encarar que a claridade na porção superior da imagem teria relação com a luz natural, do sol, e acabasse por perceber o céu lá no fundo, ficaria mais provável interpretar a situação como o gato descendo a escada. Esta, por sua vez, levaria (quem a subisse) ao ponto mais alto do ambiente. Um terraço, talvez.
Agora, se você concebe a luminosidade, mesmo que inconscientemente, numa fração de segundo, como de origem artificial, por exemplo, uma lâmpada acesa em um sala, você tenderia a interpretar o gato como subindo a escada (e, obviamente, não deve ter dado tanta atenção aos detalhes nos degraus). Estatisticamente, essa versão seria a mais incomum, porque não estamos acostumados a subir de um ponto de claridade natural para outro mais escuro. Em uma concepção comum de realidade, o céu está sempre no topo.
Esta é apenas uma das explicações do fenômeno, já que a interpretação final que cada cérebro elaborará irá depender fundamentalmente das memórias remotas arquivadas e das experiências vividas, como por exemplo o lugar onde a pessoa mora ou trabalha, se alguma característica do local é ou foi emocionalmente importante (tornando-se vívida mais rapidamente na memória), o ambiente em que se encontra no momento em que vê a imagem, a percepção que tem de sombras e luminosidade, etc.