Criatividade é capacidade de inovar, pensar diferente, ver além do que é apresentado, mas além disso a criatividade é também uma fonte de enigmas: Por que algumas pessoas são mais criativas que outras? Existem pessoas não criativas?
Não, a verdade é que não existem pessoas sem criatividade, mas sim pessoas que ainda não encontraram seu tipo de criatividade.
Tipos de criatividade
É possível possuir mais de um tipo de criatividade, basta desenvolver nosso potencial criativo. Abaixo, listamos 4 tipos de criatividade descritos pelo professor Arne Dietrich, para que você consiga identificar qual está mais presente em você e procure melhorar aqueles que estão mais distantes da sua vida.
A criatividade de Thomas Edison (deliberada & cognitiva)
Requer: alto conhecimento e tempo para testar.
A criatividade de Edison era do tipo cognitiva e deliberada. Esta precisa de um alto grau de conhecimento e esforço. Para usufruir esse tipo de criatividade (proveniente do córtex pré-frontal), é preciso conhecer muito bem os assuntos em questão.
Com conhecimento do assunto, a criatividade entra no jogo para processar inúmeras combinações possíveis entre os diferentes conhecimentos, chegando a resultados que outras pessoas não chegariam.
A criatividade pessoal (deliberada & emocional)
Requer: um tempo de quietude e solidão.
Diferente da criatividade acima, essa em vez de usar a perspectiva do conhecimento para abordar o problema, ela foca no aspecto emocional da coisa, como nós vemos e sentimos algo.
Nesse caso de criatividade, estamos voltados para nós, tentamos descobrir nossos erros e como podemos melhorar, sem dados, atributos, padrões e outras coisas racionais.
O córtex pré-frontal também é usado (uma vez que estamos ciente do problema), mas outra área do cérebro entra em ação, o cingulato. Essa parte do cérebro é responsável por processar emoções complexas, e ela está diretamente ligada ao córtex pré-frontal. Resumindo, a grande ideia nasce de uma análise subjetiva e reflexiva.
A criatividade de Isaac Newton (espontânea & cognitiva)
Requer: parar de pensar no trabalho e dar uma volta.
Sabe quando você fica horas debruçado em algo, buscando boas ideias, e elas simplesmente não aparecem, mas dai cansado, você levanta para buscar um café e a criatividade começa funcionar? Esse é o ócio criativo. Essa técnica é muito aconselhada por especialistas, com embasamento científico.
Quando Newton levou uma “maçãzada” na cabeça e conseguiu relacionar a fruta com a ciência. formulou sua teoria da gravidade, sendo extremamente criativo. Essa criatividade só foi possível porque ele não estava trancafiado em seu laboratório, e porque ele já possuía um vasto conhecimento dos assuntos necessários para formular a teoria. É quando você sabe que tem algo valioso nas mãos, mas não sabe como organizá-las de modo que resolva o problema. Falta um detalhe ou, nesse caso, uma maça.
Aparentemente, quando Newton achou o seu “detalhe”, a parte do seu cérebro chamado gânglio basal teve papel fundamental. Ela é responsável por processar informações fora do estado consciente, mas trabalhando em conjunto com o poderoso córtex pré-frontal — responsável por conectar as informações. Se ele não tivesse o conhecimento suficiente naquele momento, a queda da maçã não teria informação a ser conectada em seu córtex, e tal acontecimento seria normal, sem sentido.
A criatividade artística (espontânea & emocional)
Requer: mistério, como saber?
Há uma grande dificuldade para descrever esse tipo de criatividade. É geralmente associada a grandes artistas e músicos, uma vez que ela acontece fora do córtex pré-frontal, sendo a amígdala (não a da garganta) responsável. Não exige raciocínio ou análise, é espontânea e emocional, ou seja, não adianta ficar esperando, esta criatividade surge em qualquer lugar e a qualquer momento.
Como desenvolver criatividade?
Na prática, podemos fazer meditação, ioga ou outro tipo de atividade que nos permita criar um estado de consciência para que consigamos esvaziar a mente e relaxar. Desta forma, criaremos um estado de consciência fluido, que permita que as ideias cheguem facilmente.
Outro modo é buscar conhecer o máximo possível do assunto que está tratando, pois como foi dito acima, a conexão de ideias é a base.