Recentemente foi publicado no site Proceedings of the National Academy of Sciences, um estudo que poderá ser um sopro de esperança para os portadores de leucemia e uma chance para conduzir uma nova forma de terapia para outros cânceres.
O Pesquisador sênior Prof. Richard A. Lerner descreve a descoberta como uma “abordagem totalmente nova ao câncer.” Ele diz que a equipe está trabalhando para testá-lo em pacientes humanos o mais rápido possível.
Apesar de existirem quatro tipos de leucemia, o denominador comum da doença é o prejuízo sofrido pelos leucócitos, os glóbulos brancos do sangue – essas células cancerosas podem comprometer a medula óssea, prejudicando e até impedindo a fabricação de células sanguíneas saudáveis.
Transformar células malignas em benignas é um das grandes desafios no campo da pesquisa da cura ao câncer. E essa nova pesquisa realizada pelo The Scripps Research Institute, dos EUA, consiste justamente nisso: foi descoberto um jeito de converter células cancerígenas em células que não só são menos agressivas ao organismo do paciente como adquirem a capacidade de matar outras células com leucemia.
A chave para esse importante achado científico está no tratamento com anticorpos: nos últimos anos, cientistas descobriram que certos anticorpos ativam os receptores de células jovens para que elas se tornassem maduras. A boa nova é que eles descobriram que alguns desses anticorpos também podem transformar essas células imaturas da medula em outros tipos de células encontradas no sistema nervoso.
Na Leucemia Mieloide Aguda (LMA), a medula do paciente produz muitos glóbulos brancos, comprometendo a produção de outras células do sangue. Os cientistas pegaram uma amostra de sangue com LMA e aplicaram esses anticorpos indutores de crescimento, fazendo com que as células cancerosas se transformassem em células dendríticas, conhecidas pelo seu papel crucial no nossos sistema imunológico, já que identificam e ajudam a combater vírus, bactérias etc.
Em um dia, essas “células matadoras de câncer”acabaram com 15% da população de células cancerígenas. O número surpreendeu a comunidade científica, e o fato de que o ataque ocorreu somente contra células que possuíam a LMA, sendo inofensiva para outros tipos de câncer, chamou atenção.