Às vezes estudamos muito, mas lembramos pouco, então surtamos. Quantas vezes você já teve aquele branco na hora da prova? Você tinha certeza que sabia aquela questão, mas perdeu o acesso a sua memória, justamente no momento em que mais precisava dela. Será que o nosso erro está na hora que estudamos?!
Renato Alves, o recordista brasileiro de memória, costuma dar dicas incríveis sobre memorização em seu site, pensando na importância da memória e na dimensão do problema, resolvemos trazer algumas delas para vocês. Confira:
1 – Falta de planejamento.
Tem algo mais desanimador para quem estuda do que olhar para aquela pilha de livros e nem saber por onde começar? É surpreendente, mas apenas 2% dos estudantes brasileiros seguem um planejamento de estudo. O famoso plano de estudo pode fazer toda diferença, afinal ele pode funcionar como um mapa que o ajuda a determinar:
– Quantas matérias você poderá estudar por dia;
– A carga horária ideal para a semana inteira;
– O ciclo de estudo necessário para manter os estudos em dia;
– Um bom método de monitoramento de resultados.
Mas saiba que criar um Plano de Estudo é como ir a uma alfaiataria, é essencial que seja sob medida. Não adianta ficar garimpando na internet modelos de plano de estudo de outras pessoas, afinal o que serviu para a aprovação delas, com certeza não será útil para você, pois são métricas diferentes. É necessário que você personalize o seu sistema de estudo, pois só assim ele terá o efeito esperado.
2 – Reclamar das matérias.
Você montou seu Plano de Estudo e estava disposta a encarar os livros, mas quando começou a estudar ficou xingando as matérias, odiando o que estava fazendo. Lamento informar, mas você voltou a estaca ZERO. Reclamar das matérias é um tiro no pé, porque ao fazer isso, você automaticamente ordena ao cérebro o bloqueio da aprendizagem. Você não deve reclamar das matérias e sim descobrir o que está te impedindo de gostar. Dominar um texto de qualidade desenvolve seu sistema cognitivo e prepara você para dominar qualquer outro tipo de texto. Então a pergunta que cabe neste ponto é: Você sabe estudar? Quando não sabemos estudar acabamos colocando a culpa na matéria.
3 – Deixar dúvidas para trás.
Após estudar a matéria e fechar o livro, esperamos estar sabendo mais do que sabíamos antes, mas às vezes não é o que acontece, nos deparamos com aquela cara de interrogação no espelho. Isso acontece porque muitos estudantes se permitem encerrar os estudos com a cabeça cheia de dúvidas. Saem da sala de aula com a sensação de estar faltando uma peça do quebra cabeças.
Jamais permita isso! Pintou uma dúvida, corra, pesquise, pergunte, desvende-a. Procure ser obcecado por elucidar dúvidas, afinal hoje você tem todo conhecimento produzido pela humanidade na ponta dos seus dedos, frequente fóruns de discussão, blog, converse com professores e especialistas.
4 – Ignorar a importância da memória.
Após todos esses tópicos, você agora é um expert em tirar dúvidas, segue um mapa de estudo e ama estudar todos os tipos de matéria. Mas ainda parece que falta algo, então eu pergunto, e a memória? Tem algum conteúdo na memória?
Um dos erros mais graves que um estudante pode cometer é subestimar a importância da memória no processo de preparação. Pesquisas revelaram que é a memória quem derruba a maioria dos estudantes. Ela é a base da inteligência, fornece matéria prima para o raciocínio e consolida todo conhecimento absorvido nas horas de estudos. É também a memória que lhe entregará de bandeja no momento da prova tudo o que você aprendeu. Se você não memoriza a longo prazo aquilo que estudou, dificilmente conseguirá lembrar. Não lembrando-se, ficará ansioso e a ansiedade, adivinhe, vai agravar ainda mais o branco na memória. É preciso incluir as técnicas de memorização no seu pacote de habilidades mentais.
5 – Ser um eterno estudante do fundamental.
Você já reparou que a maioria dos estudantes de vestibular e concurso estudam da mesma forma que faziam quando estavam no fundamental. Leem, releem, anotam, esquecem, leem tudo de novo… Se olhar com uma lupa, notará que o sistema de estudo que você utiliza talvez ainda seja o mesmo que utilizava na quinta série, ou seja, as matérias mudaram, mas o jeito de aprender continua o mesmo. A forma de aprender mudou, porque o mundo mudou. Hoje temos acesso a informação, as formas de avaliação mudaram e o peso das habilidades cognitivas é maior. Por exemplo: Algumas provas a redação é mais importante do que o conhecimento específicos das regras gramaticais. Em outras a habilidade de se expressar verbalmente é o que conta mais pontos. Um estudante moderno não é aquele que estuda com um tablet nas mãos, mas aquele que conta com um leque de habilidades mentais que o ajudam a aprender apesar da complexidade do mundo. Permita-me um conselho: invista o que puder em novas habilidades e você será um candidato bem acima da média.
Renato Alves foi o primeiro brasileiro a receber através de homologação oficial, o título de Melhor Memória do Brasil pelo Rank Brasil, o livro dos recordes nacionais. Conheça mais do seu trabalho acessando: www.renatoalves.com.br