O Ministério da Saúde anunciou, na última sexta-feira (6), a incorporação do medicamento Paxlovid, composto pelos antivirais nirmatrelvir e ritonavir, para casos leves de Covid.
Esse é o primeiro tratamento incluído no Sistema Único de Saúde (SUS) para tratamento de pacientes com quadro leves a moderados da Covid-19 e alto risco de complicações. Ele tem o objetivo de prevenir internações, complicações e mortes.
Em 30 de março, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso emergencial do Paxlovid. Após a publicação da incorporação no Diário Oficial, na sexta-feira, o Ministério tem 180 dias para disponibilizar o tratamento na rede pública.
Com potencial para redução da evolução da doença para quadros graves, o medicamento será ofertado para pacientes adultos imunocomprometidos ou com idade igual ou superior a 65 anos.
O tratamento só poderá ser utilizado em caso de teste positivo para doença e em até cinco dias após início dos sintomas.
Em abril, o Ministério da Saúde incorporou o medicamento baricitinibe para casos graves da Covid-19. Ele também foi recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e já tinha registro no Brasil para o tratamento de artrite reumatoide e dermatite atópica.
Como funciona o medicamento
O Paxlovid consiste em dois medicamentos antivirais em conjunto: o nirmatrelvir e o ritonavir.
Essa associação deve ser administrada por via oral e é indicada para pacientes com Covid-19 leve à moderada, não hospitalizados, que apresentam elevado risco de complicações e sem necessidade de uso de oxigênio suplementar.
O nirmatrelvir impede que o vírus se prolifere, tendo, assim, uma potente atividade contra o vírus da Covid-19 e outros coronavírus.
Já o ritonavir inibe a ação de uma enzima que degrada o nirmatrelvir. Com isso, colabora para que o nirmatrelvir fique por mais tempo disponível na corrente sanguínea, o que potencializa a sua ação.
O nirmatrelvir é um novo remédio desenvolvido pela Pfizer-BioNTech, enquanto o ritonavir é uma droga que já era usada no tratamento do HIV/AIDS.
Fonte: g1