Infectologista explica diferença nos sintomas da ômicron
De acordo com o Ministério da Saúde, a ômicron já é a variante que mais predomina no Brasil.
Nesta quinta-feira (6), a Paraíba confirmou o primeiro caso de infecção pela cepa. Trata-se de uma mulher, 31 anos, residente em Campina Grande. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (SES), a paciente teve contato com alguém que voltou de uma viagem para São Paulo. Após esse encontro, começou a apresentar os sintomas da covid-19 no dia 10 de dezembro. A paciente tem registro de duas doses da vacina Pfizer e recebeu alta médica após se recuperar da infecção.
De acordo com o infectologista Fernando Chagas, apesar de não ter o potencial de provocar tantos casos graves em relação a outras variantes, a ômicron é muito mais transmissível, até mesmo que a Delta.
“Quando se adoece muita gente ao mesmo tempo, infelizmente vai se encontrar também, em grande quantidade, pessoas que acabam evoluindo para a forma grave. Principalmente quando a gente considera as populações mais frágeis a presença desse vírus, que são idosos com comorbidades, gestantes, pessoas com imunossupressão, que acabam sofrendo maior risco de evolução pra forma mais grave”, disse o médico em entrevista à TV Cabo Branco.
Segundo Chagas, com o avanço nos casos de gripe e influenza, muitas pessoas podem se confundir com os sintomas, mas a população deve ficar atenta aos cuidados de prevenção. “É um cenário complexo. No caso da ômicron, a gente não vê com tanta frequência como víamos anteriormente aquela falta de olfato e paladar, que é ainda uma característica do SARS-CoV-2”.
Fernando explica que a ômicron causa principalmente dores de garganta, cabeça, moleza e franqueza, “que se confundem com a própria gripe. Então é isolamento, cuidado para evitar a forma grave e observar os sinais de gravidade, que é dor no peito, falta de ar, e monitorar se possível com oxímetro, aquele aparelhinho de dedo, porque se o índice de oxigênio estiver abaixo de 94% essa pessoa precisa de fato ser vista por um médico com urgência”, explicou o médico, ressaltando o uso de máscaras e distância das aglomerações.
Fonte: F5