O mundo que me fez desperto

 

O tempo esculpiu o feto,
O afeto deu-me o nome e o riso,
O vento que vence o concreto,
Sem sucesso, me deixou o piso,
Ascendendo, perfurando o teto,
Vencendo o que for preciso,
Na crença de ser mais correto
Buscando o meu paraíso.

Seguindo no caminho certo,
Incerto se estou sozinho,
Selvagem e voraz decerto,
Às lágrimas que fui mesquinho.
Confesso não ter descoberto,
Me entrego ao teu desalinho.
Razão da qual não me apego,
Julgado, encontrei o Meirinho,
O destino, que me fez completo,
Deixou-me ser passarinho.

Milton Lavor


Milton Lavor

Acredito na força das ideias como forma de mudar o mundo. Estudante de Engenharia elétrica para potencializar as contribuições ao todo. Escritor, desenhista e pintor como resultado do que transborda. Servidor público como profissão e filosofia como paixão. Alguns detalhes escapam por falta de espaço.

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