Descubra quem é seu par perfeito, de acordo com a ciência

Muito provavelmente você já ouviu alguém dizer que os opostos se atraem, esse tipo de crença é levada tão a sério que um estudo da Universidade de Groningen (Holanda) descobriu que 86% das pessoas procurando amor disseram estar em busca de alguém com traços opostos.

Segundo o especialista em relacionamento e professor de psicologia da Universidade de Binghamton (EUA), Matthew D. Johnson, isso está muito longe de ser verdade.

Johnson é autor do livro “Great Myths of Intimate Relationships: Dating, Sex, and Marriage” (em tradução livre, “Grandes Mitos dos Relacionamentos Íntimos: Namoro, Sexo e Casamento”).

Diversos estudos científicos já testaram essa teoria. Desde a década de 1950, mais de 240 pesquisas buscaram determinar se a semelhança em termos de atitudes, traços de personalidade, interesses externos, valores e outras características conduzem à atração.

O que os pesquisadores queriam descobrir é qual a melhor combinação de parceiros românticos: semelhantes, diferentes ou opostos?

Os cientistas chamam essas três possibilidades de hipótese de homogamia, hipótese de heterogamia e hipótese de complementaridade, respectivamente.

A vencedora é a hipótese de homogamia. Ou seja, opostos não se atraem – semelhantes é que se atraem.

Em 2013, os psicólogos Matthew Montoya e Robert Horton examinaram os resultados combinados de diversos estudos em uma meta-análise. Eles encontraram uma associação irrefutável entre ser semelhante e estar interessado na outra pessoa. A atratividade da semelhança é tão forte que é encontrada em todas as culturas.

Como a semelhança está associada à atração, faz sentido que indivíduos em relacionamentos comprometidos tendam a ser parecidos de muitas maneiras.

Às vezes, isto é chamado de “acasalamento assortivo”, embora este termo seja usado com mais frequência para descrever as maneiras pelas quais pessoas com níveis semelhantes de educação, meios financeiros e aparência física tendem a ficar juntas.

Nada disso significa necessariamente que os opostos nunca se atraem, contudo. Será que existe algum suporte científico para essa hipótese, mesmo que ela não seja a mais comum?

Histórias de amor muitas vezes incluem pessoas se apaixonando por seus opostos, como a santinha que ama o bad boy. Assim, eles parecem se complementar.

Na vida real, também vemos com frequência a família e os amigos de uma pessoa tentando “empurrá-lo” para alguém que seria seu oposto – por exemplo, incentivar uma pessoa tímida a sair com uma extrovertida, para ver se ela se torna mais sociável.

Mas isso é pura ficção – exceto nos filmes, as pessoas não procuram parceiros complementares, nunca.

Por exemplo, em um estudo, os pesquisadores descobriram que os participantes preferiam descrições de pessoas cujas biografias eram semelhantes às suas, do que biografias que pareciam complementares às suas. Outro estudo também concluiu que os introvertidos não são mais atraídos por extrovertidos do que por qualquer outra pessoa.

Logo, apesar de todas as evidências contra, por que esse mito persiste?

Segundo Johnson, porque os contrastes tendem a se destacar. Mesmo que um casal possua inúmeras características semelhantes, eles podem acabar se “encaixando” em papéis complementares.

Os psicólogos Andrew Christensen, Brian Doss e Neil Jacobson afirmaram em seu livro “Reconcilable Differences” (em tradução livre, “Diferenças Reconciliáveis”) que existem evidências de que pequenas diferenças entre cônjuges podem se tornar maiores ao longo do tempo.

Por exemplo, se um membro do casal é um pouco mais humorístico do que o outro, ambos podem entrar em um padrão em que o cônjuge um pouco mais engraçado reivindica o papel de “engraçado” enquanto o cônjuge um pouco menos engraçado assume o papel de “sério”.

Ou seja, no final das contas, a atração das pessoas pelas diferenças é amplamente superada por sua atração pelas semelhanças. O que acontece é que parceiros relativamente similares apenas se tornam um pouco mais complementares à medida que o tempo passa.

Este artigo foi publicado originalmente em The Conversation . Leia o artigo original 

Via ScienceAlert


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