Eu fui de X para Y, mas nada mudou.Tudo a mesma coisa.

Hoje não vou trazer a definição sobre o  tema, mas sim, salientar a nossa posição sobre eles, de uma forma simples e que você pode refletir e assumir seu papel.

Quando  pensamos que o correto é a gente sempre se imaginar no lugar do outro, transpor o limite de nossas acomodações diárias e estar diante de uma situação para perceber,sentir e até mesmo absorver todas as limitações, irritações,indagações,medos,lágrimas e demais sentimentos que o outro possui, e então compreender o porquê da sua reação.

Então nos surge um conceito não tão novo assim, mas ainda pouco difundido e conhecido pela “galera”, a tal da alteridade. Ela não entrou tão em moda ainda, por se apresentar meio altruísta, de uma a “forçar”a relação entre dois seres, ou seja, para que o meu eu aconteça, exista e interaja ele depende do outro para isto ocorrer, é uma relação pura de existência.

E sabem,neste mundo extremamente desigual,egoísta, cheio de “nóias”, essa alteridade será uma barreira muito difícil de transpor.Por que tem que transpor no lugar do outro, respeitando as suas diferenças, sua forma de pensar, seu jeito de agir e ainda assim se relacionar o que é bem mais complicado,do que simplesmente se mostrar empático com a pessoa e até mesmo fingir entender suas dores e não precisar ter relação alguma com aquilo.

Deve ser por isso, que vivemos tantas dúvidas em família, com pais, irmãos, filhos, avós, esposos,esposas, pois somos todos diferentes vivendo em um âmbito familiar, mas fica a dúvida,estamos sendo empáticos, ou buscando uma alteridade para existirmos como relação um com o outro?

Tudo aquilo que nos conduz,que nos faz ter uma ação e pensar, são trabalhados, moldados a partir dessas interações, então isto chamamos de alteridade, pois além do nosso eu, aquele ao qual guardamos todas as nossas emoções, ainda temos que lidar com a emoção, com as limitações enfim com tudo que vêm do outro, ainda que nossa relação não seja direta e não mantenhamos nenhuma forma de comunicação, mas a nossa formação social,familiar e econômica dependerá um do outro.

Isto por que, essa pessoa a qual eu não tenho nenhum contato, poderá ter contato, com meu pai, com meu filho, irmão, amigo, e mesmo que de forma indireta mexerá no “mundo” deles e no  meu também.Mas, mexerá se eu permitir que essa pessoa consiga a interferir no meu mundo de forma a transformar conceitos,ações, medos, dúvidas ou certezas que eu tenha.

É mais ou menos assim: Empatia: Usar meias molhadas é ruim,mas para ter certeza, você vai usar para comprovar a reclamação da outra pessoa e sentir o mesmo desconforto ou sentir mais desconforto que a mesma.

Alteridade: Você pode até colocar as meias molhadas,vai sentir até o mesmo desconforto ou mais, mas vai se perguntar dentro das suas experiências onde começou a ser desconfortável? Quando parou de ser? Vai respeitar as diferentes formas de desconforto suas e do outro;Mas vai procurar compreensão do por quê da reclamação e não apenas se “vitimizar” ou “acusar” de frágil o outro pela situação,ou ainda se colocar no lugar dele e dividir a mesma dor.

E nós, que papel estamos exercendo…Nos vitimizando sempre, nos deixando levar pelas opiniões dos demais,ou tentando compreender as razões do outro e as nossas, entendendo as diferenças mas buscando soluções a partir delas.

Bom semana delicinhas e muitas Bençãos!


Fala Serio SQ

Fala Sério SQ um blog que fala das coisas do "day by day", através de fatos, acontecimentos e palavras soltas por aí. Escrito por Renan Alexandre, formado em Relações Internacionais, Ator e futuro Pedagogo. Venha conosco Falar Sério ou Nem tão Sério assim.

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