UMA PERGUNTA CAPCIOSA

"O que os partidos políticos dizem uns dos outros é, justamente, o que penso de todos eles.”. Fournie
“O que os partidos políticos dizem uns dos outros é, justamente, o que penso de todos eles.”. Fournie

“É de chorar de vergonha! Simplesmente patético” Joaquim Barbosa sobre votação do impeachment (Quem é ele para dizer isso só porque fala sete línguas?)

No domingo dia 17 de abril de 2016 assistimos assombrados a votação na câmara dos deputados do processo de admissibilidade do impeachment da presidente Dilma. Em suma, quem é a favor do impeachment argumenta que a defesa da democracia não é a defesa do governo. E não é um mau argumento, se pensarmos bem. Já quem é contra o impeachment argumenta que o ciclismo governamental (pedaladas fiscais) não configura crime de responsabilidade (teoricamente o único crime capaz de legitimar o impeachment de um presidente segundo a Constituição Federal em nosso país), uma vez que é uma prática prosaica do governo brasileiro. De fato, o impeachment por esse motivo abriria um precedente perigoso para nossa degelada democracia, uma vez que não há ilícito e dolo para fundamentá-lo juridicamente, na nossa humilde opinião, é claro. E sempre é preciso lembrar daquele velho brocardo jurídico que diz: “Pau que dá em Chico dá em Francisco.”. Oremos e jejuemos para que a sabedoria do Senado faça o que for melhor para a nação. E por gentileza, queridos, jejuem por mim. Obrigado.

Ora, a política do país não é vida pessoal de ninguém, portanto está sujeita a deliberação coletiva. No popular: cada cabeça é uma sentença e só existe uma forma de coexistirmos cordialmente, tratando uns aos outros com EDUCAÇÃO E RESPEITO. Minha vida pessoal não é da sua conta, mas a vida política do Brasil é da nossa conta e se eu penso que estou certo e você pensa que está certo e nós dois somos pessoas inteligentes, éticas e sérias, quem está certo? Quem julgará? Tudo na política é uma questão de negociação e nossa negociação chama-se democracia. Por enquanto é a melhor via para a cidadania, o bem comum, a ordem jurídica e a paz pública.

Destarte, não há outro caminho que não seja A DEMOCRACIA, O DIÁLOGO E A DIPLOMACIA. Você não irá impor seus interesses a mim e nem eu a você. Teremos que chegar a um denominador comum sobre os direitos negociáveis (públicos, é claro). O nome disso é eleição. Agora considerando a qualidade intelectual e moral de nossos representantes políticos como dizia Drummond “Chegou um tempo em que não adianta morrer” e segundo Manuel Bandeira “Nascer de novo também não adianta.”. Qual é a solução? A boa e velha ética, o bom-senso e a solidariedade que nunca tivemos. Mas sempre é tempo de mudar, melhorar e recomeçar dessa vez com mais inteligência, responsabilidade e por que não um pouco de bondade? Podemos? “Mas você tentou?” Dostoievski. É imprescindível cultivarmos o respeito às diferenças e transigir sempre.

Afinal, “Deixa de ser nobre o que não é maleável.” Drummond. Quer me convencer? Aperfeiçoe seus argumentos. Não os tem? Cale-se. E nunca se esqueça da partícula elementar da Constituição (nossa lei suprema): O PRINCÍPIO DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA. O que é o princípio da dignidade da pessoa humana, abestado? Bem, amados, basicamente esse princípio poderia ser ilustrado pelo lema iluminista da Revolução francesa: IGUALDADE, LIBERDADE E FRATERNIDADE. Mastigando com a mandíbula dos maduros: cuida da sua vida que eu cuido da minha e ambos cuidamos da nossa vida política brasileira. Chega de corrupção! Pela minha maritaca Princesa, pelo amor de Teresa e pelo café da mamusca eu voto… Eu espero que esse país um dia encontre sua ética taxidermizada. Querida, já foi atacada por um tubarão?

“Não existe evolução sem que a consciência coletiva seja despertada e a gente lute pelo que acredita. Hoje nossa maior batalha no Brasil é contra a corrupção, que existe em todos os partidos, e que precisa terminar” Bruna Lombardi

“Estamos no meio de um grande processo de revolução ética no Brasil.” Leandro Karnal, sendo irônico como sempre


Thiago Castilho

Advogado e escritor, um homem de leis e letras. Acredito que a arte pode “ensinar a viver”. Ensinar a viver significa ensinar a lutar pelos seus direitos e a amar melhor a si e a toda humanidade. Adquirir o conhecimento e transformá-lo em sabedoria de vida no palimpsesto do pensamento. Eis meu ideal intelectual que busca realizar a experiência do autoconhecimento, não sei até se do absoluto e talvez do Sublime aplacando assim minha angústia existencial, sem soteriologia, porque ao contrário de Heidegger não acho que somos seres-para-a-morte, mas seres-para-a-vida e seres-para-o-amor.

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