Procure alguém que goste de ficar sozinha, mas acima de tudo, saiba viver sozinha.

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Nunca namore antes de ser solteiro.

A afirmação acima é, em primeiro momento, óbvia, mas existe uma complexidade muito grande nas suas entrelinhas.

Ser solteiro é um ato muito maior do que o fato de se estar só, é permanecer só e compreender a importância desse momento em sua existência. Saber como lidar consigo, o que lhe agrada e de que forma pode transformar a solidão em um combustível para alcançar seus sonhos.

Quando nos relacionamos não podemos buscar no outro situações ou impulsos que não pertence a outra pessoa. Nossos sonhos continuam, nossos medos também e, principalmente, continuamos sendo nós mesmos.

Essa ideia de que um completa o outro é balela. Se você trazer para dentro de um relacionamento, questões básicas de compreensão interna de si, acabará por fadigar seus momentos e fazer com que ele não seja seu parceiro, mas uma espécie de pai ou médico.

É claro que precisa diálogo, confiança, falar dos seus problemas, mas não é disso que falo. A questão aqui é sobre conhecer a si mesmo, se descobrir e saber das suas limitações, dos seus desencontros, do que ainda carrega no peito e dos ressentimentos que fazem com que você não consiga se entregar por inteiro.

Procure alguém que goste de ficar sozinha, mas acima de tudo, saiba viver sozinha, pois se assim for, esse alguém saberá valorizar muito bem cada momento da sua companhia.

Alguém que não grude, mas que permaneça, alguém que não enjoe, mas faça delirar, alguém que não seja meloso, mas saiba a hora de exagerar na saliva.

É preciso aprender a ser solteiro antes de namorar, porque por mais que se namore, permanecemos solteiros na maior parte do dia. Solteiro de só e não de estar sem ninguém. É preciso não ser um dependente emocional, um bichinho que precisa de carícia a cada meia hora. Alguém que não sufoque você dizendo que te ama a cada momento.

Dessa forma transformará o sentimento em prendimento e nada que se possui a força é natural. Você coloca a aliança no dedo, mas ainda possui a sua identidade, sua forma de ver a vida e a confiança de ficar sozinho. O que muda? É que precisará utilizar outros valores, como respeito e fidelidade, para que quando se encontrem no fim do dia ou fim de semana, cada momento seja, realmente, intenso, apaixonante e verdadeiro.

Gabriel Zorgetz Capeletti para Vida em Equilíbrio


Gabriel Capeletti

Gaúcho por sorte, professor por vocação, escritor por paixão e Homem por um mundo melhor, com o compromisso de falar a verdade sobre amor e vida.

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